A remuneração praticada para algumas profissões em São Paulo é consideravelmente maior do que em outros estados brasileiros.
Os físicos paulistas, por exemplo, embolsam quase 3 mil reais a mais do que seus pares no resto do país, enquanto que no caso de médicos e agrônomos, a diferença chega a cerca de 2 mil reais mensais.
Os dados foram extraídos do Salariômetro, ferramenta desenvolvida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que traz a média dos salários iniciais no Brasil com base na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho.
Segundo Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro e professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), os salários mais altos em São Paulo se explicam em parte pelo grau de desenvolvimento econômico do estado, o mais rico da União.
Por outro lado, a remuneração também reflete o custo de vida em cada localidade, já que, como é mais caro viver em São Paulo, os salários precisam acompanhar isso; contudo, embora os valores sejam mais altos, isso não se traduz necessariamente em poder aquisitivo.
Um estudo realizado por Zylberstajn e sua equipe mostra que, de 2004 para cá, a disparidade salarial aumentou, diminuiu ou se manteve estável dependendo da profissão, sem tendências muito definidas.
Para arquitetos e estatísticos, por exemplo, a diferença cresceu, ao passo que os valores se aproximaram no caso dos físicos e engenheiros ambientais. Embora se esperasse que a distância entre São Paulo e o resto do país se reduziria graças à descentralização crescente da economia brasileira, os dados mostram que essa tendência não é sempre verificável, provavelmente graças a dinâmicas particulares de cada mercado de trabalho.
(Fonte: Exame)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP