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7 de julho de 2016

IFSC/USP promove espetáculo inédito

Organizado pelo IFSC/USP, ocorreu no dia 05 de julho, a partir das 20 horas, no Teatro Municipal de São Carlos, um evento cultural inédito, que contou com as pagano2016-1-250presenças do renomado pianista Prof. Caio Pagano, – que obteve grande sucesso quando de seu último concerto realizado nesse mesmo espaço cultural , em 2015 -, que intercalou sua apresentação com a palestra do docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação de São Carlos, Prof. Carlos Grossi, que, baseado no título A Seção Áurea e os números de Fibonacci na música e outras artes, falou sobre Leonardo Pisano Fibonacci (1170-1250), um talentoso matemático italiano da Idade Média.

Fibonacci formulou a “sequência de Fibonacci”, uma sequência de números em que cada novo termo é obtido pela soma dos dois anteriores. A razão entre termos consecutivos da sequência de Fibonacci se aproxima de um número conhecido como a “razão áurea”, que curiosamente está presente nas artes (pintura, música, arquitetura, etc.) e nas ciências naturais.

Esses foram os motes para que o Prof. Caio Pagano explicasse ao vasto público presente a influência de Fibonacci na música clássica, tendo apresentado exemplos de compositores mundiais que se valeram desses conceitos para compor algumas das mais belas peças musicais de todos os tempos;

Caio Pagano ainda deliciou o público com interpretações belíssimas e sumptuosas de Claude Debussy (1862-1918) – Reflets dans l’eau / Hommage à rameau / Mouvement – e Franz Liszt (1811-1886) – Sonetto del Petrarca / Valse oubliée / Rapsódia Húngara nº 10.

Particularidades dos participantes

Coube ao diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, dar as boas-vindas ao público que compareceu no Teatro Municipal e tecer algumas considerações sobre o evento, tendo começado por afirmar que a USP tem trabalhado intensamente para se aproximar da Sociedade que a apoia, com a oferta de educação de alto nível, conhecimentos, produtos e cultura, e em particular, o IFSC, que tem se esforçado muito nessa nobre tarefa, com várias ações, por exemplo, com a instalação de um sistema de Geração de Imagens por RMN no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, e criando, em parceria com o IQSC, o CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural), não obstante as outras Unidades de Ensino e Pesquisa do Campus USP de São Carlos – EESC, ICMC e IAU – oferecerem também excelentes contribuições para a Sociedade.

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Contudo, para Tito Bonagamba, no caso da Cultura, o IFSC, desde 2014, em parceria com todos os órgãos da USP, tem organizado concertos, com o gigantesco apoio do Departamento de Música da FFCLRP/USP, através do incansável Prof. Rubens Russomano Ricciardi, e ainda exposições, destacando-se, neste aspecto, a Exposição “Portinari – Arte e Meio Ambiente”, através do apoio do Projeto Portinari, na pessoa do Prof. João Candido Portinari.

Prof. Carlos Henrique Grossi Ferreira

É docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação no Campus USP de São Carlos. Fez sua graduação em matemática na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp – entre 1998 e 2001, e doutorado na mesma área e na mesma universidade entre os anos de 2002 e 2006.

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Possui três pós-doutorados na citada área de conhecimento: o primeiro,foi concluído na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, em 2007; o segundo, em 2008, foi realizado no Institut des Hautes Etudes Scientifiques, em Paris, França, em 2008, sendo que o terceiro pós-doutorado foi concluído no ano seguinte, em 2009, no Max-Planck-Institut für Mathematik, na Alemanha.

Carlos Henrique Grossi Ferreira foi ainda pesquisador convidado no Max-Planck-Institut für Mathematik em 2012, e no ano passado foi igualmente pesquisador convidado, dessa vez no Korea Institute for Advanced Study – na Coréia do Sul.

Seus projetos de pesquisa inserem-se na área de geometrias clássicas e variedades hiperbólicas complexas.

Prof. Carlos Pagano

Caio Pagano (São Paulo, SP 1940).

Pianista, concertista, pedagogo. Forma-se em piano com Lina Pires de Campos, na escola Magda Tagliaferro entre 1948 e 1958. Em 1954 inicia sua carreira como recitalista e logo em 1956 torna-se solista frente à Orquestra Sinfonica Brasileira, sob a regência de Eleazar de Carvalho. Completa seus estudos aprimorando-se com, entre outros, Magda Tagliaferro (Paris e Salzburg, 1958), Moises Makaroff (Buenos Aires, 1961), Sequeira Costa (Lisboa, 1964), Helena Costa (Porto 1965) Karl Engel (Hannover, 1966-1968) e Conrad Hansen (Hamburgo, 1968-1970).

Essas incursões no exterior permitem-lhe ampliar sua área de atuação. Desde então, atua intensamente na Europa, nas Américas, e, mais recentemente, na Ásia, em países como Portugal, Suíça, Holanda, Venezuela, Uruguai, Guatemala, Estados Unidos, Singapura, China e Japão.

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Como concertista, sola junto a orquestras como as Sinfônicas Brasileira, do Estado de São Paulo, de Baltimore, National de Washington, Radio France, de Phoenix, as Nacionais da Guatemala, de Portugal e da República Tcheca, além das de Câmara de Zurique e da Holanda, sob a regência, entre muitos outros, de maestros como Morton Gould, John Neschling, Isaac Karabtchewsky, Sergiu Comissiona, Clotilde Otranto, Jorge Sarmientos, Camargo Guarnieri, Paul Freeman, Ivo Cruz, Howard Griffiths, e Szymon Goldberg.

Entre os locais nos quais se apresenta, destacam-se o Alice Tully Hall ( New York), o Kennedy Center (Washington), O Wigmore Hall ( Londres), o Cultura Artística (SP), a Sala Cecília Meirelles (RJ), e o Concertgebouw de Amsterdam.

Produz-se ao lado de músicos internacionalmente reconhecidos, como Maria João Pires, Emmanuele Baldini, Gérard Caussé, Pierre Fournier, Janos Starker, Thomas Friedli, Albor Rosenfeld, e grupos como o Quarteto de St. Petersburg e o Trio Jacques Thibaud.

Na área acadêmica, começa a lecionar em 1963, nos Seminários Musicais da PróArte (SP). Entre 1970 e 1984, torna-se Professor do Departamento de Música da ECA-USP, onde cria a Bienal Internacional de Música (1974-1978). Em 1981, muda-se para os Estados Unidos a fim de realizar seu doutorado em Música pela Universidade Católica da América, grau que obtém em 1984, mesmo ano no qual torna-se Professor Visitante da Universidade Cristã do Texas (1984-1990) e, posteriormente, da Lübeck Hochschule (1990).

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Em 1986 inicia sua atuação como Professor da Universidade do Estado do Arizona, cargo que ocupa até os dias atuais, recebendo o título de Professor Regente em 1999 e ali criando o Brazilian Arts Festival, em 2000. É ainda Diretor Artístico do Centro para Estudos das Artes em Belgais (2001-2002), Coordenador de Estudos de Piano no Instituto Politécnico de Castelo Branco (2002-2010), e colaborador para projetos especiais do Ministério da Cultura (2003-2007), todos em Portugal.

Ministra igualmente master-classes e cursos de férias, participando de várias edições do Festival de Campos de Jordão (1984-1990) e das Universidades de Illinois, Iowa, etc. Integra o júri de competições internacionais em Portugal, Suíça, Singapura, Brasil ( Concurso Villa Lobos e Concurso BNDES) , EUA, Panamá, entre eles o Concurso Internacional de Piano Panamá (2012-2014), e a Competição de Piano Steinway na Ásia e nos Estados Unidos (2010-2012-2014). Também é membro de Comitês de Doutorado em Portugal, USA , Espanha e Suiça.

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Dentre os prêmios que recebeu, destaca-se o Prêmio Eldorado de Música, sendo vencedor da segunda edição desse concurso, que tinha sido conquistada por João Carlos Martins, no ano anterior. Participa de Festivais como o Miami New World Festival, Washington Interamerican Festival, Montpellier, Tournon, Americano de Grenoble, etc.

Sua discografia conta com cerca de vinte e cinco títulos lançados por selos como Summit, Soundset, Deutsche Grammophon e Glissando.

Desde 1990, é um artista Steinway, além de ter sido condecorado com o título de Comendador da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo (1981).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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