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1 de setembro de 2015

Workshop IFSC/Imprensa

Ao longo do dia 26 de agosto, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou o Workshop IFSC/Imprensa, que imprensa_200reuniu profissionais da área de divulgação científica e docentes desta Unidade, que debateram alguns dos principais problemas e soluções relacionadas à divulgação da ciência com alto grau de comunicabilidade entre a universidade e a sociedade, bem como à importância da proximidade entre ambas as comunidades.

Neste encontro, estiveram presentes os Profs. Drs. Tito José Bonagamba (Diretor do IFSC/USP), que coordenou os trabalhos, Sérgio Muniz (IFSC/USP), Valter Líbero (docente do IFSC/USP e Diretor do Centro de Divulgação Científica e Cultural – CDCC), os membros da Assessoria de Comunicação Publico_Workshop_IFSC-Imprensa_300do IFSC/USP e os profissionais de divulgação científica, Alberto Passos (Diretor-presidente do Instituto “Ciência Hoje” e pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF), Antonio Carlos Quinto (Chefe Técnico de Seção da Agência USP de Notícias / Superintendência de Comunicação Social da USP), Marcelo Knobel (docente do Instituto de Física “Gleb Wataghin” – Unicamp e do Laboratório de Jornalismo – Labjor) e Reinaldo José Lopes (jornalista da Folha de São Paulo).

Tito_Bonagamba_Workshop_IFSC-Imprensa_350No início deste mini-workshop, o Prof. Tito Bonagamba falou brevemente sobre o IFSC/USP e citou os laboratórios de ensino do Instituto (onde atuam 15 técnicos e 4 docentes). O diretor também sublinhou a sua preocupação com a divulgação científica, além de sua proposta em aprimorar e estreitar os setores de comunicação das diversas unidades uspianas, estabelecendo, assim, um movimento interno entre esses profissionais, produzindo um jornalismo mais eficiente e integrado. Percebo que nós, no IFSC/USP, conversamos com a sociedade, porém, de forma diferente. É através da nossa Assessoria de Comunicação e de nossas atividades científicas e culturais* que conseguimos interagir plenamente com a comunidade fora da USP, pontuou.

Alberto Passos, por sua vez, Alberto_Passos_Workshop_IFSC-Imprensa_350falou sobre o Instituto Ciência Hoje (ICH), uma organização que há 33 anos se dedica à divulgação científica, principalmente através de publicações impressas e digitais. Entre elas, Passos destacou a Revista Ciência Hoje. Criada em 1982, tornou-se a mais antiga revista voltada à divulgação científica em circulação no Brasil. O diretor-presidente do ICH também comentou sobre a Revista Ciência Hoje das Crianças, tendo sublinhado que é a única revista brasileira de divulgação científica voltada para o público infanto-juvenil.

Além de ter abordado as ações do ICH nas redes sociais e nas lojas online de aplicativos, ele destacou o Programa Ciência Hoje de Apoio à Educação (PCHAE). Criado em 2001, esta iniciativa tem o intuito de valorizar a educação científica e contribuir para melhorar os índices de desenvolvimento da educação em escolas públicas e brasileiras. Segundo Passos, cerca de 650 mil alunos e 14 mil professores já foram beneficiados pelo Programa.

Valter_Workshop_IFSC-Imprensa_350Posteriormente, o Prof. Valter Líbero apresentou o Centro de Divulgação Científica e Cultural. Sediado em São Carlos, o Centro tem como objetivo promover a extensão universitária, divulgando ciência e cultura. O interessante do Centro, desde sua criação, é a forma como seus membros atuam. Fico muito preocupado como muitos fazem divulgação científica, porque é necessário divulgar a ciência para educar e não apenas para divertir as crianças, criticou. Na ocasião, o docente da nossa Unidade também falou sobre o Centro de Divulgação da Astronomia – Observatório Dietrich Schiel (Área-1 do Campus USP, em São Carlos) e sobre um futuro planetário, cuja construção deverá ser iniciada em breve, para integrar e reforçar as atividades do Observatório.

Já em sua intervenção, o Knobel_Workshop_IFSC-Imprensa_350Prof. Marcelo Knobel apresentou o site do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, cujo objetivo é disseminar a cultura científica, estimulando a curiosidade e o pensamento crítico. O docente chamou a atenção para a pouca quantidade de livros sobre difusão científica que são escritos no Brasil, já que o número de publicação de obras com essa temática é alto em países como a Argentina. Na Argentina, por exemplo, há livros de divulgação científica que são best-sellers, afirmou Knobel, que também destacou o impacto da internet na difusão científica. Para ele, ferramentas como Youtube, Facebook, e até podcasts, ainda são pouco utilizados. Aproveitamos a internet muito mal. É preciso usufruir mais do Youtube, por exemplo. É algo bastante útil e interessante para disseminar a ciência… É necessário encontrar uma linguagem que atinja a população. Na Universidade de São Paulo, por exemplo, existem diversas mídias, principalmente impressas, mas, para que uma comunicação tenha resultados produtivos, segundo Knobel, é necessário definir o papel de cada membro envolvido nesse processo de divulgação, de forma que seja possível integrar e estreitar esses meios de informação.

Reinaldo_Workshop_IFSC-Imprensa_-_350O jornalista Reinaldo Lopes discutiu a crise que existe atualmente no jornalismo, mais especificamente na área de jornalismo científico. Segundo ele, temas científicos têm perdido espaço na mídia e várias chefias têm a percepção de que a ciência é um tópico difícil e, por vezes, chato. Em contrapartida, salientou o notável apetite que o público tem por notícias voltadas à ciência. Lopes também falou que, para aqueles que acompanham o trabalho de divulgação científica à distância, existe, por exemplo, a sensação de que muitas vezes as iniciativas de divulgação dependem mais de critérios internos do que externos, dando a entender que há um foco burocrático, institucional, e não de divulgação propriamente dita. Se a ideia é atingir um público nacional, minha sugestão é que os profissionais envolvidos na difusão científica não temam divulgar as pesquisas básicas e mesmo aquelas que não têm aplicabilidade prática.

Em seguida, o jornalista Quinto_Workshop_IFSC-Imprensa_350Antonio Quinto abordou a atuação da Superintendência de Comunicação Social da USP (SCS), órgão subordinado à Reitoria da USP e que coordena as mídias da Universidade, apostando na divulgação das atividades da Universidade através de mídias audiovisuais (TV USP e Rádio USP), impressas e online. Entre elas, Quinto falou sobre a Agência USP de Notícias, que dissemina as reportagens elaboradas pelos jornalistas dos campi da Universidade. Aliás, destacou o desafio dos repórteres da Agência de noticiar pesquisas referentes às várias áreas, diariamente, tendo também ressaltado a forte cooperação entre a Agência USP de Notícias e a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, um trabalho que, segundo ele é impressionante em termos de colaboração e de integralidade, sendo um exemplo para a Universidade de São Paulo. Estou na USP há vinte anos e várias tentativas de melhorias na comunicação da Universidade já foram feitas. Em nosso caso, as redes sociais precisam ser mais exploradas. Pretendemos trabalhar muito neste sentido, porque a Agência sempre deve ser repensada, comentou ele, acrescentando que este mini-workshop lhe rendeu uma boa dose de conhecimento e ajudou a perceber algumas feridas que existem na comunicação da Universidade e que precisam ser cicatrizadas.

*Atividades como Concertos USP-Filarmônica, Universitário Por 1 Dia, Escola de Física Contemporânea, Exposição do Projeto Portinari – Arte Itinerante (que ocorrerá em breve), entre outras promovidas pela nossa Unidade, ajudam a criar uma proximidade entre o IFSC/USP e a comunidade em geral.

Assessoria de Comunicação

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