No Colloquium diei que decorreu no último dia 21 de agosto, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Dra. Marcia Cristina Bernardes Barbosa, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apresentou a palestra Mulheres na Física: Por que tão poucas? Por que tão devagar?.
A participação feminina no ambiente profissional tem aumentado significativamente nos últimos anos. O Censo da Educação Superior de 2010 mostra que, entre as 20 carreiras de graduação com maior número de recém-formados, as mulheres são maioria em 15 delas. Além disso, hoje elas são a maioria entre os discentes nas universidades brasileiras e já compõem cerca de 50% dos docentes nas instituições públicas, segundo o citado Censo.
No entanto, esse crescimento não está homogeneamente distribuído entre as diversas disciplinas. Em particular, o percentual de mulheres na área de exatas é muito pequeno e diminui desproporcionalmente à medida que se avança na carreira. Assim, há uma sub-representação segundo as áreas do conhecimento como também segundo o nível da carreira. Esse cenário inspirou a questão que Marcia Barbosa analisou nesse seminário, onde questionou a vagarosidade no avanço das mulheres nas carreiras científicas.
Marcia Barbosa, que é graduada, mestre e doutora em física pela UFRGS, trabalha com Física da Matéria Condensada, em especial, com os temas suspensões coloidais iônicas, polieletrólitos e água e suas anomalias. Atualmente, é diretora do Instituto de Física da UFRGS e integrante do conselho da Nacional de Ciência e Tecnologia, da Sociedade Brasileira de Física, e da American Physical Society.
Assessoria de Comunicação