Notícias

28 de março de 2014

Diretor do IFSC-USP conversa com alunos

Como já tivemos oportunidade de noticiar neste espaço, o IFSC-USP recebeu durante a semana que agora finda as provas seletivas para os alunos que irão representar as seleções de nosso país na Olímpiada Internacional de Física, que este ano decorre no Casaquistão, bem como na Olimpíada Iberoamericana de Física, que ocorrerá no Paraguai, eventos estes promovidos pela SBF – Sociedade Brasileira de Física. Dezessete jovens estudantes foram selecionados para estas competições científicas, sendo que este ano houve uma predominância assinalável de alunos oriundos de escolas do ensino médio do Estado do Ceará (13), sendo que os restantes selecionados vieram dos Estados de Pernambuco, Piauí e São Paulo.

No final da segunda prova teórica, que decorreu no dia 26 de março, os alunos tiveram aOIF3-300 oportunidade de se encontrar com o Diretor do IFSC-USP, Prof. Dr. Tito Bonagamba, em uma reunião amistosa que contou também com a participação do coordenador nacional do evento e docente do IFSC-USP, Prof. Dr. Euclydes Marega Junior, que este ano dá por terminada a sua colaboração na organização destes eventos, quer em nível nacional, quer ainda no contexto internacional, e do Prof. Munemasa Machida (UNICAMP), que irá substituir Euclydes Marega nas funções.

Na conversa informal mantida com os alunos, Marega Júnior fez uma espécie de pequena retrospectiva referente às Olimpíadas Internacionais, tendo referido que, ao longo de dez anos em que coordenou os eventos, passaram pelas provas em torno de 120 alunos de alto desempenho acadêmico, tendo recordado que os dezessete alunos selecionados este ano, tal como todos os outros que participaram em anos anteriores, fazem parte integrante da seleção do Brasil, embora apenas nove tenham que ser escolhidos, sem desmerecimento algum para os restantes: Nas Olimpíadas Internacionais de Física, bem como nas Olimpíadas Iberoamericanas, o Brasil compete por medalhas de ouro e prata e todos vocês estão em condições de fazerem essas conquistas. Este é um momento que vocês não mais irão esquecer para o resto de suas vidas, disse Marega. Todos os alunos presentes confessaram gostar imenso de física, mas apenas quatro mostraram algum interesse em ingressar futuramente num curso superior da área, isto porque, ainda segundo OIF2013Marega Júnior, o tipo de aluno que é selecionado para estas competições científicas gosta de ser desafiado e isso não acontece no Brasil: É claro que ao entrar num curso de física, qualquer um destes alunos irá perder dois anos a aprender aquilo que já sabe faz tempo e isso não fez qualquer sentido, referiu o coordenador nacional. Hoje mesmo aqui no IFSC, no laboratório de óptica, todos eles fizeram a mesma prática que os outros alunos fazem no laboratório avançado, no 4º ano do curso; então, isso não é um desafio para estes jovens aqui no Brasil, isso não os estimula, ao contrário do que acontece no exterior, onde alunos do mesmo nível são apoiados e absorvidos por universidades e grandes empresas. Por isso é que uma boa parte dos alunos brasileiros que participaram em anteriores olimpíadas estão agora no MIT, NASA ou na École Polytechnique, só para dar alguns exemplos.

O Prof. Dr. Tito Bonagamba parabenizou e desejou felicidades a todos os alunos, tendo confessado que ficaria muito orgulhoso se parte desses jovens pudessem ingressar no Instituto de Física de São Carlos, em outros institutos de física existentes na USP, UNICAMP ou UNESP, ou mesmo em outras universidades do país, tendo salientado que o mais importante é que o jovem ingressante possa participar no desenvolvimento do Brasil, não só como acadêmico, mas também com o horizonte aberto para perspectivas de fixação em grandes empresas. No caso concreto da USP, o diretor do IFSC enalteceu o fato da Universidade estar a fazer um grande esforço para mudar os parâmetros da Graduação, exatamenteOIF2 no sentido de criar novos horizontes aos alunos de excelência comprovada, aqueles que têm um potencial acima da média, tendo enfatizado: As grandes escolas de engenharia, como a POLI, possuem até um setor especialmente dedicado a alunos detentores de excelência comprovada, onde são oferecidas atividades distintas. Daí que a Pró-Reitoria de Graduação da USP, em parceria com as suas congéneres da UNICAMP e UNESP, estão trabalhando já para apresentarem ações concretas no sentido de absorverem alunos como vocês e criar perspectivas que não estejam apenas limitadas à medicina, engenharia, direito, etc., mas que permitam que haja uma vivência muito mais acentuada nas áreas das ciências fundamentais, que são aquelas que, de fato, criam o conhecimento para que haja desenvolvimento tecnológico no país. O contingente de alunos de excelência existe, como está aqui demonstrado, só que ele tem de crescer e ser protegido para o benefício nacional.

Quase no término da reunião, Bonagamba pediu que os alunos presentes fizessem uma pequena reflexão, tendo sublinhado que, no Brasil, alguns institutos de física oferecem uma perspectiva diferente – como é o caso do IFSC-USP -, onde existem inúmeros exemplos de grande sucesso de egressos que optaram pelo setor produtivo e que hoje participam do processo de desenvolvimento nacional, tendo dado, em contraponto, o exemplo dos Estados Unidos, em que a física foi a base do desenvolvimento científico e tecnológico daquela nação.

Assessoria de Comunicação

Imprimir artigo
Compartilhe!
Share On Facebook
Share On Twitter
Share On Google Plus
Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..