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Postagem de notícias no Acontece na Biblioteca

11 de outubro de 2022

20/10 – 14h | Webinar Mendeley – Organização, citações e referências para suas pesquisas

Ao redigir seus trabalhos acadêmicos e científicos, é essencial manter suas leituras em dia e organizadas.

Mendeley é uma ferramenta de gerenciamento de referências que permite organizar e pesquisar facilmente sua biblioteca pessoal, anotar documentos e citar enquanto escreve. O plugin de processador de texto de Mendeley funciona com Microsoft Word, Libre Office e outros processadores de texto populares.

Webinar Mendeley – Organização, citações e referências para suas pesquisas
Data: 20 de outubro de 2022
Horário: 14h – 16h
Inscrições: https://doity.com.br/mendeley-20out2022

Por que devo usar o Mendeley?

Com o Mendeley, você pode importar artigos e outros documentos de seu desktop, de suas bibliotecas ou sites da Web com facilidade. O Mendeley captura automaticamente informações como autores, título e editora, o que facilita a organização e a navegação. Mendeley pode ser acessado com segurança em qualquer computador por meio do cliente de desktop, navegador da web ou usando um aplicativo móvel. O backup de sua biblioteca está na nuvem e está sempre disponível para você.

A solução Mendeley é um gerenciador de referências e uma rede social acadêmica que ajudará você a organizar a sua pesquisa, colaborar com outras pessoas on-line e descobrir as pesquisas mais recentes.

  • Gere bibliografias automaticamente
  • Colabore facilmente com outros pesquisadores on-line
  • Importe com facilidade artigos de outros softwares de pesquisa
  • Encontre artigos relevantes com base no que você estiver lendo
  • Acesse seus artigos on-line em qualquer lugar

Ministrante: Sergio Vidal 

Organização: Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD) em parceria com a Elsevier Mendeley

6 de outubro de 2022

19/10 – 14h | Webinar ScienceDirect – textos completos de ebooks e revistas

ScienceDirect é uma plataforma online que permite acesso a artigos em texto completo de diversas áreas de conhecimento mantida pela Elsevier com aproximadamente 37.000 e-books e mais de 3.800 revistas. Além de buscas sofisticadas e ferramentas para recuperação de resultados, muitas de suas publicações são aprimoradas com elementos interativos fornecidos por autores, como áudio, vídeo, gráficos, tabelas e imagens. 1,4 milhão de artigos no ScienceDirect são de acesso aberto. Os artigos publicados em acesso aberto são revisados por pares e disponibilizados gratuitamente para que todos possam ler, baixar e reutilizar de acordo com a licença de usuário exibida no artigo.

Os periódicos são agrupados em quatro seções principais: Ciências Físicas e EngenhariaCiências BiológicasCiências da Saúde , Ciências Sociais e Humanas. Os resumos dos artigos estão disponíveis livremente, enquanto que, para o acesso ao texto completo, geralmente é necessária uma assinatura. O acesso está disponível pelo Portal de Periódicos da Capes.

Webinar ScienceDirect – textos completos de ebooks e revistas
Data: 19 de outubro de 2022
Horário: 14h-16h
Inscrições: https://doity.com.br/sciencedirect-19out2022

Os artigos também possuem links incorporados para conjuntos de dados externos, como Scopus®, PANGEA ® e Reaxys®. Combinando esses extras de conteúdo com o texto de cada artigo e se obterá uma compreensão completa do panorama da informação antes de avançar seu trabalho. Estão disponíveis publicações cobrindo as áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Letras e Artes.

Apresentação: Dra. Elisabeth Adriana Dudziak (ABCD/USP) – Currículo Lattes

Ministrante: Sergio Vidal (Elsevier) – Responsável pelo relacionamento com clientes e Especialista em SienceDirect

Organização: Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD) em parceria com a Elsevier

6 de outubro de 2022

18/10 – 14h | Webinar Scival: seu aliado na análise e impacto de sua produção científica

O cenário atual de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) requer que os pesquisadores e gerentes de pesquisa criem novas maneiras de avaliar a qualidade e o impacto de seus projetos de pesquisa.

Com o uso de uma tecnologia avançada de inteligência de pesquisa, a solução SciVal permite que você obtenha um panorama da pesquisa em nível institucional, nacional e internacional, realize comparações de desempenho, analise tendências e tópicos de todas as áreas de conhecimento, busque colaboradores e gere relatórios, em segundos.

Inscreva-se para participar por meio de transmissão online.

Webinar Scival: seu aliado na análise e impacto de sua produção científica
Data: 18 de outubro de 2022
Horário: 14h-16h
Inscriçõeshttps://doity.com.br/scival-18out2022

A plataforma analítica SciVal da Elsevier oferece acesso fácil e rápido a análises baseadas em publicações e citações de milhões de autores, de mais de14.000 instituições de pesquisa de 230 países de todo o mundo.

A plataforma SciVal possui um portfólio de ferramentas de análise de indicadores de produção científica desenvolvida pela Elsevier, que tem como fonte de dados o Scopus e o Science Direct. Permite realizar análises bibliométricas da produção científica de uma determinada instituição, país, região, autor ou grupos de autores, ou ainda em revistas, desde que o material esteja indexado na base de dados Scopus. Acesso aberto a toda a comunidade da USP mediante IP de computador autorizado.

O acesso ao SciVal é feito pelo link: https://www.scival.com/e registro referencialmente com login e senha cadastrados na Base de Dados Scopus: http://www.scopus.com/, por meio de IP de computador reconhecido pela USP ou acesso remoto pelo VPN/USP

Consulte também o SciVal_Flyer Primeiros Passos

O SciVal permite:

  • Acompanhar tendências de pesquisa mundial, regional, nacional e institucional, de acordo com as distintas áreas de conhecimento;
  • Obter um panorama de desempenho e impacto de pesquisa de uma instituição, país ou região;
  • Analisar a produtividade de um pesquisador, grupo de pesquisa ou instituição;
  • Identificar a colaboração de uma determinada instituição com outras em âmbito internacional, nacional e regional.

Apresentação: Dra. Elisabeth Adriana Dudziak (ABCD/USP) – Currículo Lattes

Ministrante: Dra. Thais Vick (Elsevier) – Currículo Lattes

Organização: Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais em parceria com a Elsevier SciVal.

4 de outubro de 2022

Outubro Rosa – Mês de prevenção ao Câncer de Mama

 

 

O Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 como um movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama.

A recomendação é que pessoas com idade igual ou superior a 40 anos e histórico familiar de câncer de mama, realizem o exame de mamografia regularmente.

O SBI IFSC apoia essa causa!

 

3 de outubro de 2022

06/10 – 10h | Manhã científica com a Clarivate: Inovação tecnológica e patentes na prática

A Clarivate realizará o segundo evento da série Manhã Científica no dia 06 de Outubro das 10:00 às 11:30 horas, com temas que abordarão todo o ciclo da pesquisa científica, da pesquisa à comercialização.

Participe do evento virtual para saber mais sobre como inovar, financiamentos, gestão da pesquisa científica, com potencial para gerar patentes com real utilização no mercado.

PALESTRANTES

  • Monica Silveira: Gerente de Parcerias Acadêmicas & Governamentais, Clarivate.
  • Juliano Anderson Pacheco: Sócio fundador, Oportuna Trend Ltda
  • Debora Leite Loureiro: Gerente de Processos, SENAI CIMATEC.
Tópicos que serão abordados:
Como fazer uma pesquisa científica de qualidade
Como fazer buscas de anterioridade
Geração de patentes de qualidade
Aplicação prática de patentes no mercado
Financiamento de pesquisas científicas

 

Por: Clarivate

26 de setembro de 2022

Highly Cited Papers IFSC Maio/Jun. 2022

 

BIMESTRE MAIO/JUN. DE 2022

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de maio/jun. de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

 

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

The past and the future of Langmuir and Langmuir-Blodgett films

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA: Pharmacology & Toxicology 

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Generalized Geometric Quantum Speed Limits  

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

 

9 de setembro de 2022

Setembro Amarelo – Mês de Prevenção ao Suicídio

O mês de setembro foi escolhido como o marco da campanha de prevenção ao suicídio por conta do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que ocorre em 10 de setembro.

A biblioteca do IFSC apoia essa causa!

Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor e não a vida…
Não tenha vergonha de procurar ajuda!
Disque 188

 

8 de setembro de 2022

Curso de Comunicação e Escrita Científica – Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

A Divisão de Publicações https://pubs.acs.org/ da American Chemical Society (ACS) tem a satisfação de convidá-las(os) a participar da terceira edição do Curso de Comunicação e Escrita Científica!

Objetivos: As habilidades de comunicação e escrita científica são essenciais para o sucesso do pesquisador(a), uma vez que tais skills são fundamentais para garantir impacto e visibilidade das pesquisas publicadas. Neste curso, promovido pela Divisão de Publicações da American Chemical Society (ACS), serão abordados os aspectos mais relevantes para a comunicação e escrita científica, incluindo a estruturação de cada uma das sessões que compõem um artigo científico, com recomendações sobre pontos essenciais considerados por editores, além de estratégias para uma escrita mais efetiva em língua inglesa.

Palestrante: Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, Editor Executivo do Journal ACS Applied Materials & Interfaces e Professor Titular do Instituto de Física da USP – São Carlos.

Cronograma do curso:
Aula 1 – 06 de Outubro, das 15h às 16h30: Sobre a anatomia de um artigo científico: descrição detalhada das várias seções de um artigo e o que devem conter. Ênfase especial para resumos;
Aula 2 – 13 de Outubro,  das 15h às 16h30: Estratégias para uma escrita mais efetiva em língua inglesa; 
Aula 3 – 20 de Outubro, das 15h às 16h30: 10 dicas para escrever seu artigo científico. 

 

Inscreva-se hoje mesmo por aqui*!

*Link único e válido para os 3 dias do evento.

 

IMPORTANTE: O curso aplica-se a todas as áreas científicas, é online, totalmente gratuito e com capacidade para até 3 mil participantes simultâneos na sala do zoom. Ao atingir esse número, os demais participantes poderão acompanhar o curso via live (streaming) através das redes sociais da American Chemical Society (ACS). Os links das redes sociais serão enviados posteriormente, através dos “e-mails lembretes” do evento, uma semana antes do curso, bem como no dia que antecede o primeiro encontro. Portanto, pedimos, por gentileza, que verifiquem os seus e-mails.
Quanto aos certificados, serão emitidos após 20/11 a todos que participarem integralmente do curso (3 aulas). As gravações e eventuais anexos serão enviados a todos os inscritos também após esta data (20 de Novembro).

 

Inscreva-se, divulgue, participe!

 

Dúvidas e informações, por favor, entre em contato através dos e-mails mgrassi@acs-i.org ou v_junior@acs.org
2 de setembro de 2022

Horário Semana da Pátria

Na semana de 05/09 a 09/09 a biblioteca abrirá das 8h às 18h.

Sendo que dia 07/09 estará fechada devido ao feriado.

31 de agosto de 2022

Biblioteca do IFSC recebe kits temáticos educacionais : Um conjunto de ferramentas educativas e didáticas

Foram entregues formalmente no dia 29 de agosto, na Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), os primeiros doze kits temáticos educacionais criados pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP que se encontra alocado no Instituto. Com temas variados, estes kits destinam-se aos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, que, no final de sua licenciatura, terão a oportunidade de ingressar como professores de ciências nos ensinos fundamental e médio. Considerados como um conjunto de ferramentas educativas e didáticas de extrema importância para serem utilizados pelos professores nas salas de aula, estes kits passam a estar disponíveis na Biblioteca do IFSC/USP, por empréstimo ou requisição.

Na cerimônia de entrega dos kits, o coordenador do CEPOF e, simultaneamente, docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, considerou que a história dos kits para ensinar experimentação não é um projeto novo, já que ele foi idealizado há alguns anos a esta parte por intermédio de vários professores e pesquisadores da USP. “Este projeto tem o objetivo de cobrir várias áreas do conhecimento para que os alunos possam praticar ciência, sendo que a USP sempre esteve preocupada com esse aspecto, principalmente durante e após a pandemia.

Então, a ciência se aprende fazendo e observando resultados que a Natureza nos dá. Obviamente, o IFSC/USP sente essa responsabilidade de contribuir para a formação dos estudantes, sendo que esta iniciativa que está acontecendo aqui, com a entrega de doze tipos de kits, irá ser muito mais abrangente, atendendo a que ela será implementada em todos os vinte e dois cursos de licenciatura que existem na Universidade de São Paulo. Vai ser um marco e uma referência para que se possa adotar no Brasil o hábito de deixar o aluno praticar ciência. Mais uma vez, a USP entende a sua responsabilidade no cenário nacional, sendo referência para a determinação de alguns rumos que se devem seguir para a disseminação da ciência, tal como ela vem fazendo ao longo dos anos”, pontuou o pesquisador.

Vanderlei Salvador Bagnato aproveitou o momento para salientar o apoio recebido da USP, na pessoa de seu dirigente máximo, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior. “Nosso reitor compreende muito bem a importância deste e de outros projetos, fato que muito agradecemos e enaltecemos”, concluiu.

O Prof. Marcelo Barros, docente do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, classificou como muito importante a utilização destes kits, atendendo a que eles permitem que os alunos reforcem seus conhecimentos através de exemplos práticos. “Os futuros professores poderão levar estes kits para suas casas e treinar os conceitos experimentais que são apresentados, para, mais tarde, serem integrados em sala de aula para debate com seus alunos. Estes kits são, de fato, peças muito importantes para o aprendizado”, comentou o professor, opinião que é partilhada pelo técnico ao serviço dos Laboratórios de Ensino de Física, Cláudio Bretas, ao considerar que estes kits são uma extensão da própria Universidade, levando para as escolas dos ensinos fundamental e médio ensinamentos complementares relativos às ciências, através de experimentos que podem ser realizados na própria sala de aula. “Vão valorizar as aulas e entusiasmar os jovens alunos”, pontuou Bretas.

Prof. Sebastião Pratavieira

Para o docente e pesquisador do CEPOF- IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, esta atividade de entrega oficial dos kits faz parte integrante da área de difusão do CEPOF, uma área que tem realizado inúmeras atividades ao longo dos anos. “A idealização e criação destes kits temáticos baseiam-se na ideia de podermos apresentar um livro que não tem folhas, não tem textos, mas sim um conjunto de experimentos práticos para que os alunos entendam melhor os conceitos teóricos  que são apresentados em sala de aula. Cada kit destes contém um experimento que o aluno pode realizar para aprender melhor determinado conteúdo. É, em suma, levar o ensino experimental para as escolas, já que elas não possuem laboratórios.

Finalmente, Ana Mara Prado, responsável pela Biblioteca do IFSC/USP, sublinhou que este material irá ser devidamente tratado, processado e disponibilizado para todos os alunos que tiverem interesse em utilizá-lo. “O projeto em si tem o objetivo de apoiar os alunos do IFSC/USP, principalmente os do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, já que isso vai beneficiá-los na execução de vários experimentos. O acesso a esses kits vai ser livre, desde que o interessado seja aluno da USP”, pontuou.

Por Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de agosto de 2022

Esforço coletivo: Iniciativa mobiliza pesquisadores para analisar rapidamente estudos publicados em repositórios de preprints

 

A divulgação de pesquisas sobre o novo coronavírus ganhou agilidade na pandemia graças ao uso de preprints, trabalhos científicos ainda não revisados por especialistas, que são publicados em plataformas de acesso aberto assim que ficam prontos. Ao longo de 12 semanas entre junho e agosto, uma iniciativa mobilizou uma rede de pesquisadores do país para analisar 12 preprints sobre doenças infecciosas. Os estudos, todos escritos em português, foram divulgados no repositório brasileiro SciELO Preprints, plataforma criada há dois anos pela biblioteca de revistas de acesso aberto SciELO. “Houve manuscritos que cumpriram várias etapas dessa forma de comunicação científica. O objetivo foi estimular mais cientistas a participar desse tipo de avaliação, que depende de trabalho voluntário, e fornecer rapidamente a autores e leitores dos estudos um parecer sobre a qualidade dos resultados.

A seleção dos trabalhos e avaliadores foi feita pela organização norte-americana ASAPBio, criada em 2015 para promover o uso de preprints nas ciências da vida. Não foi só no Brasil que esse esforço coletivo ocorreu. Nos Estados Unidos, um time local de revisores está concluindo a análise de cerca de 30 manuscritos sobre biologia e bioquímica, escritos em inglês. “Queremos assegurar que todas as comunidades, independentemente de área do conhecimento, idioma e região, participem da comunicação científica através de preprints”, disse Iratxe Puebla, diretora associada da ASAPBio.

“A experiência foi produtiva”, diz o especialista em tecnologia e mídias digitais Alex Mendonça, coordenador do SciELO Preprints. Eles foram divulgados como preprints e avaliados rapidamente por especialistas, mas também submetidos a periódicos da coleção SciELO, que estão fazendo uma revisão detalhada. Ao mesmo tempo, seus dados de pesquisa estão armazenados no nosso repositório SciELO Data.” Dezenas de pesquisadores se candidataram a participar depois que a atividade foi divulgada pelos organizadores. “Se há um ponto que pode ser melhorado em iniciativas futuras é ampliar o número de avaliadores”, diz Mendonça. “A participação do grupo foi desigual. Alguns contribuíram com quase todos os artigos, enquanto outros estiveram menos disponíveis.”

A cada semana, um estudo era escolhido e distribuído para os revisores. Cada um escrevia suas considerações, que eram consolidadas em um texto anexado ao PDF do manuscrito. Em abril, Raphael Guimarães, da Fundação Oswaldo Cruz, publicou no SciELO Preprints e ao mesmo tempo submeteu a uma revista científica um dos trabalhos analisados pela iniciativa. Trata-se de um estudo feito em parceria com Mariana Passos e Viviane Dutra, que analisa o “excesso de mortalidade” no primeiro ano da pandemia – o número de óbitos que superou o que seria esperado com base na tendência dos cinco anos anteriores. O excedente pode ter sido causado por casos de Covid-19 e também por falhas no atendimento a outras enfermidades durante a emergência sanitária.

De acordo com o estudo, o excesso de mortalidade no país foi de 19% em 2020. Os óbitos por doenças infecciosas, em que a Covid-19 se enquadra, foram 80% maiores que o esperado, mas outras causas não relacionadas ao novo coronavírus se destacaram. Mortes relativas a transtornos mentais foram 29% maiores do que a média e óbitos de mulheres grávidas 27% superior. A taxa para doenças endocrinológicas e cardiovasculares chegou a 16%.

Apenas dois meses depois de submeter o trabalho, Guimarães recebeu um retorno dos avaliadores do preprint e dos editores do periódico – a Revista Brasileira de Epidemiologia –, que aceitaram o artigo para publicação. No caso desse artigo, as contribuições dos dois processos foram complementares. O grupo de seis revisores do preprint se ateve a aspectos formais e sugeriu a incorporação de dados e explicações. “No original não havia detalhes porque optamos por publicar uma comunicação rápida, em que resultados gerais são apresentados em textos curtos”, explica Guimarães. Já os pareceristas da revista propuseram análises mais aprofundadas – e consideraram que o manuscrito tinha estofo para ser maior. “Aproveitamos as sugestões dos dois grupos e reescrevemos o artigo. Ele cresceu de 900 palavras para mais de 3 mil”, diz Guimarães.

Em alguns casos, os autores consideraram um tanto genéricas as avaliações dos preprints. Fabianne Dias de Sousa, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, apresentou com colaboradores um levantamento com 49 pacientes que tiveram Covid-19, foram internados em um hospital em Belém e, depois da alta, continuaram a receber em casa a atenção de profissionais da saúde. O estudo mostrou que os cuidados domiciliares tiveram um nível satisfatório na amostra e serviu para validar um questionário desenvolvido para medir sua eficiência. “Usamos boa parte das contribuições para fazer uma segunda versão do trabalho, que está sendo submetido a uma revista”, explica Sousa. Ela acatou sugestões formais, mas considerou que outras não faziam sentido, como a retirada do resumo do artigo de uma menção a reinternações. “Me pareceu que os revisores não tinham conhecimento aprofundado sobre os cuidados de transição, tema que o artigo aborda”, afirma.

Uma vantagem apontada pela maioria dos autores é a possibilidade de obter um retorno rápido e promover um diálogo com interlocutores qualificados sobre seus resultados. “Produzir um artigo científico pode ser um trabalho solitário. O caminho habitual é submeter o manuscrito a um periódico e esperar meses pela resposta dos revisores. A avaliação na fase de preprint ajuda a romper esse isolamento”, diz a economista Raquel Maria Soares Freitas, que faz mestrado em Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo (USP). Ela é coautora de um estudo, escrito a quatro mãos com a advogada Marta Battaglia Custódio – ambas são funcionárias do Ministério da Cidadania –, que analisou taxas de mortalidade de idosos de 65 a 85 anos que receberam o Benefício de Prestação Continuada (BPC) entre 2015 e 2021. Com valor de um salário mínimo por mês, o BPC é concedido a idosos e pessoas que não têm meios de sustento. O estudo comparou os dados dos dois primeiros anos da pandemia com os de anos anteriores. Os resultados confirmam que houve um aumento da taxa de óbitos nesse grupo da ordem de 18,76%, em 2020, e de 21,64%, em 2021, em relação ao período de 2005 a 2019.

O grupo de avaliadores recomendou que vários pontos fossem desenvolvidos. Uma sugestão levou as autoras a estabelecer não apenas as tábuas de mortalidade separadas por sexo e faixa de idade dos beneficiários, mas os números consolidados por ano. “Quando vimos esses dados, apareceram novas perguntas que tivemos de contemplar no artigo”, afirma Battaglia. Uma delas dizia respeito a um pico de mortalidade em 2016, que ficava evidente nas tábuas agregadas. “Levantamos as hipóteses de que o aumento teve relação com a epidemia da gripe H1N1 e de que uma mudança no sistema de gestão do BPC em 2016 possa ter resgatado óbitos ocorridos anteriormente”, afirma. Em agosto, as duas pesquisadoras depositaram uma nova versão do manuscrito, que contempla boa parte das sugestões, e agora vão submetê-lo a uma revista científica.

Para os avaliadores, a experiência também foi útil. A farmacêutica Mariana de Almeida Rosa Rezende foi uma das voluntárias selecionadas. Estudante de doutorado na Universidade Federal de Juiz de Fora, campus de Governador Valadares, em Minas Gerais, ela soube da iniciativa em um site da internet e enxergou uma oportunidade de tomar contato com temas emergentes. “Em trabalhos sobre assuntos que conheço em profundidade, fiz recomendações envolvendo bibliografia e descrição adequada da metodologia. Nos outros, me concentrei em problemas formais. Um ponto que me incomoda é a ausência de dados importantes no resumo.” O que mais apreciou foi o caráter coletivo da revisão. “Os avaliadores têm perfis diferentes. Uns destacam erros de ortografia e conjugação de verbos, enquanto outros apontam problemas estruturais ou sugerem bibliografia. Aprendi muito com os colegas e vou usar esse aprendizado na minha produção”, explica.

Alex Mendonça, do SciELO Preprints, diz que a experiência ajudou a inspirar mudanças no site do repositório. “Hoje, não é fácil encontrar os comentários feitos por avaliadores. É preciso entrar no PDF do manuscrito e procurar em um campo específico. Vamos dar mais visibilidade às contribuições, reunindo todos os comentários em uma página da nossa plataforma.”

Fonte: Pesquisa FAPESP

18 de agosto de 2022

Festa do Livro da USP São Carlos (FLUSP22)

Acontece nos dias 23, 24 e 25 de agosto um dos eventos mais esperados do ano: a Festa do Livro da USP São Carlos (FLUSP22).

Em sua sétima edição, a festa tem como tema “Brasilidades”, e ocorre em formato presencial, das 10h às 20h, no térreo do prédio da EESC (edifício E1), na área 1 do campus de São Carlos.

A principal atração é a tradicional feira de livros, que conta neste ano com a participação de 36 editoras, oferecendo seus títulos com descontos especiais. Além disso, a FLUSP22 oferece uma vasta programação cultural, incluindo apresentações musicais, mesas-redondas e bate-papos com renomados escritores e artistas.

Coloque na agenda e confira a programação no site festadolivro.sc.usp.br

Temos usado a hashtag #flusp22 pras redes sociais

5 de agosto de 2022

Indisponibilidade dos sistemas da biblioteca: Dedalus e App Bibliotecas USP

Entre os dias 04 e 07 de agosto, os sistemas da biblioteca estarão indisponíveis, devido à transferência do Sistema Aleph 500 v.23 para uma nova plataforma de hardware. A previsão é de que os sistemas estejam plenamente restabelecidos no dia 08 de agosto de 2022, segunda-feira.
Neste período, empréstimos e devoluções poderão ser realizadas normalmente, mas as renovações, somente no balcão da biblioteca. Consultas ao acervo podem ser realizadas pelo Portal de Busca Integrada.
4 de agosto de 2022

Chamada para autores – Festa do Livro da USP São Carlos – FLUSP22

 

A 7ª edição da Festa do Livro da USP São Carlos – FLUSP22, acontecerá de 23 a 25 de agosto, das 10 às 20 horas, no vão livre do edifício E1, na EESC.

Como ocorreu nas edições anteriores, será possível que os autores da USP (professores, funcionários e alunos) vendam seus livros durante a FLUSP22.

Os livros ficarão na bancada da EDUSP e serão pagos para a EDUSP, que providenciará a transferência dos valores para o autor em até 60 dias. Assim, o autor que desejar expor e vender seus livros na Festa, sejam eles editados de forma independente ou via editoras comerciais, deve preencher um termo de consignação em nome da EDUSP.

No primeiro dia da Festa, o autor deve levar seus livros para a bancada da Edusp, sendo 10 exemplares por título, no máximo. Caso todos sejam vendidos, é possível fazer a reposição dos exemplares.

Solicitamos aos interessados que entrem em contato com a Biblioteca, através do e-mail: bib@ifsc.usp.braté o dia 10 de agosto, para receber o Termo de Consignação, que terá ser preenchido e assinado pelo autor da(s) obra(s). Este termo será encaminhado pela Biblioteca em formato PDF para a EDUSP até o dia 12 de agosto.

 

Participem!

22 de julho de 2022

Highly Cited Papers e Hot Papers IFSC Mar./Abr. 2022

 

BIMESTRE MAR/ABR DE 2022

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de mar/abr de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

 

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA: Pharmacology & Toxicology 

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Generalized Geometric Quantum Speed Limits  

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

 

20 de julho de 2022

Indisponibilidade dos sistemas da biblioteca: Dedalus e App Bibliotecas USP

A partir de hoje, 20/07, os sistemas da biblioteca estarão indisponíveis, devido à manutenção elétrica no Datacenter, realizada em São Paulo. A previsão é de que os sistemas estejam plenamente restabelecidos até às 10h do dia 22 de julho de 2022, sexta-feira.
Neste período, empréstimos e devoluções poderão ser realizadas normalmente, mas as renovações, somente no balcão da biblioteca.
19 de julho de 2022

Artigos de dados ampliam olhar dos pesquisadores

Compilações produzidas de forma cooperativa agregam grandes quantidades de informação e permitem fazer análises mais abrangentes

Ilustração de Rodrigo Cunha com imagens extraídas dos artigos científicos consultados para essa reportagem; ALTENBACH, J. S. Locomotor morphology of the vampire bat. Desmodus rotundus, 1979; EISENBERG, J. F. e KLEIMAN, D. G. Advances in the study of mammalian behavior, 1983; HOELTGEBAUM, M. P. et al. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 2018 / Ilustração de Leandro Lopes; Museu do Instituto Biológico / Ilustração de Helena Vieira Franco do Amaral

Em 2015, o ecólogo Milton Cezar Ribeiro, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, enganou-se ao achar que seria fácil reunir dados sobre animais da Mata Atlântica para fazer análises abrangentes — por exemplo, sobre os efeitos das mudanças climáticas em espécies do bioma. Com o biólogo Mauro Galetti, também da Unesp de Rio Claro, ele começou então a coordenar a produção de um tipo de trabalho ainda pouco valorizado no país, o chamado artigo de dados ou datapaper, que não testa hipóteses, mas reúne grande quantidade de informações sobre um determinado assunto e pode ser usado para a realização de novas pesquisas.

“Todo o mundo sai ganhando com esse tipo de artigo”, ressalta Ribeiro, que acabou coordenando cerca de 20 trabalhos sobre temas como aves, mamíferos terrestres, morcegos, borboletas e outros grupos de animais da Mata Atlântica. Em sua estimativa, mais de 50 pesquisadores em formação estão fazendo ou já concluíram estudos baseados nos artigos que ele ajudou a produzir e, durante a pandemia, foram uma alternativa para alunos que não podiam fazer coleta. O próprio Ribeiro usou os dados compilados em um estudo sobre desmatamento e biodiversidade de borboletas, publicado na revista Diversity and Distributions em 2019, e outro sobre o aumento do risco de transmissão de hantavírus em ambientes modificados pelo ser humano, divulgado no mesmo ano na Neglected Tropical Diseases.

Os artigos de dados surgiram na década de 1950, nos Estados Unidos — cerca de três séculos depois dos primeiros artigos científicos —, mas se tornaram comuns a partir da década de 2010, quando as revistas especializadas começaram a adotar o formato como parte do movimento em favor da ciência aberta, que visa tornar os resultados das pesquisas acessíveis a todos os segmentos da sociedade. Atualmente a maioria deles contém links para baixar planilhas com dados localizáveis por meio de buscas e informações georreferenciadas, que podem ser transformadas em mapas, além de outros arquivos. Cada dado, como a observação de um animal, fornece uma série de informações associadas – os chamados metadados –, como o tamanho do espécime, quem o coletou e o local e método da captura. A lista de autores costuma ser extensa, refletindo o grande número de colaboradores, como o datapaper Neotropical Carnivores, com cententas de coautores.

“Esse tipo de artigo disponibiliza informações que estariam fragmentadas e esquecidas em coleções, gavetas e discos rígidos difíceis de acessar”, destaca o zoólogo Diego Astúa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O pesquisador é autor do artigo de dados sobre mamíferos do mundo publicado em maio no Journal of Biogeography. Isso exige que os coordenadores do trabalho entrem em contato com dezenas ou centenas de pessoas, compilando, organizando, verificando e fazendo a curadoria de cada uma das informações. Um dos maiores desafios é padronizar os nomes das espécies, que podem variar conforme a época, o local da coleta ou o autor consultado. Mas o grande número de dados de fácil leitura, em conjunto, pode revelar padrões que não eram visíveis isoladamente.

“Tudo isso não substitui o trabalho de campo, mas pode fornecer aprendizado e insights para o futuro”, esclarece a bióloga Joice Iamara-Nogueira, que ajudou a coordenar um artigo de dados sobre polinizadores da Mata Atlântica publicado em fevereiro na revista Ecology. Iamara-Nogueira, que está usando as informações para um trabalho sobre a coevolução entre beija-flores e plantas, aproveitou o processo de elaboração para fazer contato com colegas da área e aprender sobre como gerir pessoas que pensam de formas diferentes.

“Ao reaproveitar informações obtidas ao longo de décadas de financiamento público e privado, esse tipo de trabalho usa de forma mais eficiente os recursos e dá um retorno para a sociedade”, acrescenta Ribeiro. Segundo o ecólogo, eles podem ser usados por secretarias do Meio Ambiente para diagnóstico de espécies ameaçadas e até apontar suscetibilidade à extinção. “Muitas vezes, os dados dos artigos já são suficientes, não sendo necessárias novas coletas, ou então apontam as regiões com as maiores lacunas de conhecimento.”

Mapas de distribuição no estado de São Paulo e formigas Procryptocerus e Acanthognathus desenhados pelo frei Walter Kempf, além de formigas dos gêneros Pheidole e CamponotusIlustração de Rodrigo Cunha com imagens de Livia Pires do Prado / MPEG (reprodução mapas); KEMPF, WW. Revista de Entomologia,1951; BROWN, W. L. e KEMPF, WW. Psyque, 1969. (ilustrações); César Augusto Favacho (fotos)

Mapas reveladores
São Paulo era considerado o estado com o maior número de espécies de formigas do Brasil até que fosse feito um artigo de dados sobre as formigas do Pará, publicado na revista Zootaxa em 2021. “O estado de São Paulo já tinha tradição de pesquisa sobre formigas e os dados estavam consolidados”, conta a zoóloga Lívia Pires do Prado, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), coautora do artigo. Mas era natural que o Pará, com maior área e localizado em uma região com grande diversidade de formigas, revelasse novidades para muitas espécies.

Os mapas produzidos com os dados apresentados no artigo revelaram que boa parte da coleta no estado amazônico acontece perto de estradas e rios, onde o acesso é mais fácil e de custo menor, ou perto de grandes centros de pesquisa, onde os estudantes, muitas vezes com tempo e orçamento escassos, precisam fazer coletas para teses e dissertações. Já as formigas de áreas protegidas que não estavam próximas a um centro de pesquisa eram pouco conhecidas. “Os mapas podem ajudar a direcionar as novas coletas, mostrando onde estão as lacunas de conhecimento”, explica Prado. O artigo também mostrou que há muitos exemplares de formigas que não foram identificadas e podem ser espécies novas — algo que a pesquisadora aborda em sua pesquisa de pós-doutorado.

Os artigos de dados costumam incluir informações de fontes variadas, como registros guardados por museus ou especialistas, levantamentos de espécies feitos por empresas privadas, até informações fornecidas por amadores. “O ideal é publicar tudo o que é possível, pois para algumas análises a quantidade pode ser mais importante que a qualidade”, argumenta Astúa. O usuário pode definir a qualidade dos dados que quer visualizar. Assim, informações muitas vezes esquecidas são aproveitadas nesse tipo de trabalho.

Os artigos sobre formigas se apoiaram nos levantamentos de campo do taxonomista alemão Frei Walter Kempf (1920-1976), que viajou pelo Brasil coletando esses insetos. Já o artigo sobre borboletas da Mata Atlântica, publicado na Ecology em 2018, aproveitou os cadernos de campo do naturalista norte-americano Keith Brown, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Fazendo coletas desde os anos 1970 em diversas localidades da Mata Atlântica, Brown registrou um grande número de borboletas, incluindo espécies que vieram a desaparecer. Outra fonte de informação importante foram as listas produzidas pelo programa Biota-FAPESP, com vários registros novos de borboletas para o estado.

Ilustração de Rodrigo Cunha com imagens extraídas dos artigos científicos consultados para essa reportagem; KEMPF, WW. Studia Entomologica, 1975; BROWN, K. S. Ecologia geográfica e evolução nas florestas neotropicais, 1979

O caminho da informação
Para estimular os pesquisadores a compartilhar dados coletados em campo — que costuma ser a parte mais cara do projeto, além de demandar tempo e trabalho da equipe —, Ribeiro convidou Ronaldo Morato, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cenap/ICMBio), para dar o exemplo e fazer um dos primeiros artigos de dados sobre os movimentos de onças-pintadas (Panthera onca) registrados com GPS, publicado em 2018 na revista Ecology. Como a onça é predadora de topo e dados de seus deslocamentos são raros, eles apostavam que essa iniciativa tornaria mais fácil negociar com os pesquisadores. “Parece ter dado certo, pois ninguém mais se recusou a compartilhar dados sobre outros animais, como o tamanduá”, exemplifica Ribeiro, que contribuiu com suas próprias observações do felino.

Instruções para obter dados
Artigos de método permitem aperfeiçoar ferramenta de coleta de informação de cérebro de animal em movimentoUm microscópio capaz de fazer imagens de neurônios de ratos em movimento é uma ferramenta útil para neurocientistas. Mas há um problema: o equipamento funciona bem em duas dimensões (para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda), mas não em três, que inclui a profundidade.“Com isso, o microscópio não consegue fazer imagens nítidas do movimento do animal”, relata o físico Bóris Marin, da Universidade Federal do ABC (UFABC), que desenvolveu um algoritmo para tentar corrigir o problema e publicou em um artigo de método na revista Nature Methods, em junho de 2020. Assim como os artigos de dados, os de métodos também costumam ser abertos e focam apenas um dos aspectos da pesquisa.

“Em geral, a sessão de método dos artigos tradicionais é pouco detalhada e fica difícil para outros grupos testar e aperfeiçoar a técnica desenvolvida”, ressalta Marin. Para construir o algoritmo que pode corrigir o problema do microscópio, o físico baseou-se em artigo de método publicado por uma equipe inglesa da University College London na revista OpticaS Express, em 2010.

Projetos
1.
 INCT 2014: Dos Hymenoptera parasitoides (nº 14/50940-2); Modalidade Projeto Temático; Pesquisadora responsável Angélica Maria Penteado Martins Dias (UFSCar); Investimento R$ 3.202.767,22.
2. Neurociência computacional e de sistemas (nº 18/20277-0); Modalidade Auxilio à Pesquisa ‒ Regular; Pesquisador responsável Antonio Carlos Roque da Silva Filho (USP); Investimento R$ 74.245,00.
3. História natural, filogenia e conservação de lepidópteros neotropicais (nº 11/50225-3); Modalidade Auxílio à pesquisa – Regular; Programa Biota; Pesquisador responsável André Victor Lucci Freitas (Unicamp); Investimento R$ 265.559,41.
4. Preenchendo lacunas de conhecimento de espécies de Hymenoptera da região Neotropical (no 22/01974-8); Modalidade Bolsa no Brasil – Pós-doutorado; Pesquisador responsável Carlos Roberto Ferreira Brandão (USP); Beneficiária Lívia Pires do Prado; Investimento R$ 111.925,44

Artigos científicos
ALBUQUERQUE, E. Z. et alAnts of the State of Pará, Brazil: A historical and comprehensive dataset of a key biodiversity hotspot in the Amazon BasinZootaxa. v. 5001, n. 1, p. 1-83. 16 jul. 2021.
IAMARA-NOGUEIRA, J. et alATLANTIC POLLINATION: A data set of flowers and interaction with nectar-feeding vertebrates from the Atlantic ForestEcology. v. 103, n. 2, e03595. 22 nov. 2021.
MARSH, C. J. et alExpert range maps of global mammal distributions harmonised to three taxonomic authorities. Journal of Biogeography. v. 49, n. 5, p. 979-92. mai. 2022.
MORATO, R. G. et alJaguar movement database: A GPS-based movement dataset of an apex predator in the NeotropicsEcology. v. 99, n. 7, p. 1691. 1° jul. 2018.
MUYLAERT, R. L. Hantavirus host assemblages and human disease in the Atlantic ForestNeglected Tropical Diseases. v. 13, n. 8, e0007655, p. 1-19. 12 ago. 2019.
SANTOS, J. P. et alEffects of landscape modification on species richness patterns of fruit-feeding butterflies in Brazilian Atlantic Forest. Diversity and Distributions. v. 26, n. 2, p. 196-208. fev. 2020.
SILVA, R. R. et al. Atlantic Ants: A data set of ants in Atlantic Forests of South AmericaEcology. v. 103, n. 2, e03580. fev. 2022.

 

FONTE: Revista Pesquisa Fapesp

18 de julho de 2022

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