Na década de 1960, Ashkin e colaboradores observaram em cristais de Niobato de Litio, entre outros materiais ferroeléctricos, o que eles chamaram “dano óptico” da luz. Posteriormente, determinou-se que se tratava de um fenômeno eletro-óptico local causado pela intensidade da luz no interior do cristal, quando essa intensidade tem uma distribuição espacial não homogênea. Este fenômeno não linear foi denominado efeito fotorrefrativo. A principal vantagem deste fenômeno é a possibilidade de provocar efeitos não lineares com campos de radiação inferiores a 1mW/cm2. O efeito fotorrefrativo se produz nos cristais eletro-ópticos, fotocondutores. Os interesses por estes materiais são as aplicações que se têm desenvolvido desde aqueles tempos, particularmente no campo da holografia dinâmica. Com este tipo de holografia é possível amplificação óptica, conjugação de fase, restauração de frentes de onda, geração de harmônicos, correlação óptica, encriptação óptica, processado de imagens, metrologia dinâmica, entre outras. As redes holográficas gravadas em cristais fotorrefrativos são hologramas de volume, que são gravados, reconstruídos ou borrados com a luz da mesma, ou de diferente comprimento de onda. Neste seminário mostrarei alguns resultados de pesquisas e aplicações usando materiais fotorrefrativos, resultados estes que foram obtidos no Grupo de Óptica Moderna na Universidad de Pamplona – Colombia.