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21 de janeiro de 2020

“Gregório – O córrego indomado”: Quando o Homem agride a Natureza

Está bem presente na nossa memória as horas trágicas vividas no passado domingo, dia 12, em São Carlos, com o temporal que assolou violentamente a cidade, causando inundações talvez nunca vistas até agora, principalmente no centro.

Não é de agora que a cidade de São Carlos se debate com enchentes, sabendo-se que ao longo de décadas a situação se complicou – e muito -, devido a um crescimento desordenado da cidade, com agressões consecutivas à Natureza. O Córrego do Gregório, por exemplo, foi o mais intervencionado, tendo sido drasticamente modificado seu leito natural. Essas intervenções, dentre outras que agrediram o meio-ambiente ao longo de décadas, poderão ser (e, certamente são!) as grandes responsáveis pelos tristes episódios registrados desde há décadas, como aquele que aconteceu no passado dia 12 de janeiro quando a Natureza se rebelou mais uma vez contra a ação do Homem, confirmando-se que faz todo sentido investir para que a Natureza reocupe seu lugar usurpado, fazendo com que ela seja parte integrante da cidade.

Repare-se na obra monumental feita em 2006, no Japão, para prevenir as enchentes na cidade de Tóquio: uma espécie de catedral subterrânea localizada a 22 metros de profundidade e que faz parte do canal subterrâneo de escoamento da área metropolitana da cidade, constituindo um sistema de 6,3 Km de túneis e câmaras cilíndricas imponentes que protegem o norte de Tóquio de inundações. Contudo, essa gigantesca obra poderá não ser suficiente para proteger Tóquio de inundações num futuro próximo, hajam vistas as ações resultantes das mudanças climáticas.

Num trabalho coordenado pelo Prof. Dietrich Schiel (IFSC/USP), em 1999, produzido pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC) e por alunos de Instrumentação para o Ensino, do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, o vídeo intitulado “Gregório – o córrego indomado”, mostra-nos como a Natureza se comporta quando lhe é usurpado ou alterado seu espaço e curso: este é um exemplo extraído de São Carlos.

São Carlos precisa ser urgentemente replanejada, principalmente em suas áreas mais sensíveis, deixando a Natureza fruir como parte fundamental da urbe. A educação ambiental deve estar sempre presente, para que as próximas gerações tenham mais consciência do que NÃO se deve fazer. Refira-se, a propósito, que o Curso de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP e mesmo o próprio CDCC já dão esse destaque há mais de vinte anos dentro do nosso sistema de ensino e aprendizagem em São Carlos.

Pela extrema atualidade e seu caráter histórico importantíssimo, convidamos o leitor a assistir ao citado vídeo, clicando AQUI.

(Colaboração do Prof. Euclydes Marega Jr. – USP)

(Foto: São Carlos Agora)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

20 de janeiro de 2020

IFSC/USP: Pós-doutorado em fotônica com bolsas da FAPESP

Duas Bolsas FAPESP de Pós-Doutorado estão disponíveis para o Projeto Temático “Fotônica não linear: espectroscopia e processamento avançado de materiais”, conduzido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).

As inscrições vão até 22 de janeiro de 2020.

Coordenado pelo professor Cleber Renato Mendonça, o projeto investiga processos não lineares em novos materiais fotônicos em diferentes regimes espectrais, desde o ultravioleta até o infravermelho médio, bem como o processamento avançado de materiais com pulsos ultracurtos para o desenvolvimento de plataformas integradas em fotônica e biofotônica.

Os interessados podem se candidatar por meio de formulário on-line. Mais informações sobre as vagas em: www.fapesp.br/oportunidades/3340.

As oportunidades de pós-doutorado estão abertas a brasileiros e estrangeiros. Os selecionados receberão Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 7.373,10 mensais e Reserva Técnica equivalente a 15% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.

Caso os bolsistas de PD residam em domicílio fora da cidade na qual se localiza a instituição-sede da pesquisa e precisem se mudar, poderão ter direito a um auxílio-instalação.

Mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em www.fapesp.br/bolsas/pd.

(Fapesp)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

20 de janeiro de 2020

A “Ciência na minha vida” – Profª Yvonne Primerano Mascarenhas

Na sequência da atribuição do prêmio da International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC-2017) à Profª Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP), que distinguiu as mulheres que mais se notabilizaram em Química e Engenharia Química, a docente de nosso Instituto escreveu um artigo para a revista Pure and applied Chemistry, onde apresentou uma visão geral de sua carreira, iniciada em 1948, ainda no decurso de seu ensino médio.

Foi a partir daí que Yvonne Mascarenhas começou a galgar a imensa escadaria científica que a levou a se concentrar na área de Cristalografia de Raios X. Em seu foco estava a investigação e compreensão da estrutura molecular e cristalina de todas as substâncias, principalmente as de origem química, o que a levou a desempenhar um papel importantíssimo na formação de novos quadros acadêmicos e científicos na área, tanto no Brasil quanto na América Latina.

O artigo assinado pela profª Yvonne Primerano Mascarenhas é, assim, um importantíssimo documento não só para o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e para a Universidade de São Paulo, como também para a própria memória da Ciência Brasileira.

Confira o artigo AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

17 de janeiro de 2020

“Startup SP Sebrae” – Inscrições abertas para processo seletivo

Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo do “Startup SP”, 7º Ciclo – 1º Semestre de 2020, Programa de Desenvolvimento de Startups Digitais do SEBRAE/SP, sendo que em nossa região serão selecionadas dez empresas.

O programa é gratuito, com a duração de quatro meses, envolvendo mentorias com empresários, treinamentos, sessões de pitches, bootcamp e demoday.

No bootcamp, as startups terão a oportunidade de ter contato com atores importantes do ecossistema brasileiro, visita a aceleradora de startups e um happy hour para networking com seus colegas de todo o estado de São Paulo.

Para consultar o edital do programa clique AQUI.

Para se inscrever clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de janeiro de 2020

Pesquisadora brasileira conquista prêmio “Emmy Noether – 2019”

A Sociedade Europeia de Física (EPS) – European Physical Society – atribuiu no final do ano passado o prêmio dedicado a Mulheres em Física“EPS Emmy Noether-2019”, à Profª Cristiane Morais Smith, docente e pesquisadora do Instituto de Física Teórica da Universidade de Utrecht, na Holanda, “Por suas contribuições destacadas à teoria dos sistemas de matéria condensada e átomos ultrafrios para a revelação de novos estados quânticos da matéria”.

A pesquisadora brasileira lidera um grupo de pesquisa em sistemas correlacionados no Instituto de Física Teórica da Universidade de Utrecht, trabalhando em sistemas de baixa dimensão, variando seu espectro entre matéria condensada e átomos frios. Seu grupo foi pioneiro no desenvolvimento de uma descrição termodinâmica de isolantes e supercondutores topológicos, bem como o uso de uma formulação de eletrodinâmica quântica projetada para investigar fases topológicas impulsionadas por interações. Nos últimos anos, seu grupo tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento de simuladores quânticos eletrônicos e metamateriais, em colaboração com experimentalistas em Utrecht. O anúncio oficial do prêmio foi dado precisamente quando a pesquisadora trabalhava no IFSC/USP, em dezembro do ano passado, atendendo ao fato de ser professora visitante em nossa Unidade, no Grupo de Óptica.

Comunicativa e simpática, Cristiane Morais Smith falou com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP para contar um pouco de sua vida acadêmica e científica, com alguns pormenores pessoais. Ela é um verdadeiro exemplo e estímulo para os jovens estudantes brasileiros.

Universidade de Utrecht

Nascida em 1964, na cidade de Paraguaçu Paulista (SP), Cristiane recorda que só havia uma escola pública de ensino médio em sua cidade, o que não a impediu de, com entusiasmo e vontade, prosseguir seus estudos – bacharelado e mestrado – na UNICAMP, tendo tido como um de seus mestres o Prof. Amir Caldeira. “Iniciei meu doutorado igualmente na UNICAMP e de repente surgiu a oportunidade de ter uma posição permanente na UNESP de Bauru. Fiquei dois anos e meio viajando direto para dar aulas em Baurú e prosseguir meu doutorado em Campinas, o que de alguma forma prejudicou meus estudos: o doutorado não avançava. Tudo isto aconteceu entre os anos 1989 e 1991”, relata Cristiane. Contudo, em determinado momento, Amir Caldeira viajou para a Suíça, a trabalho, e descobriu que tinha um professor na Escola Politécnica de Zurique que estava trabalhando exatamente na mesma área e com o mesmo título da tese de doutorado que a pesquisadora estava escrevendo. Assim, a constatação foi que de duas hipóteses ela tinha que escolher uma: ou mudar de tópico, o que equivalia a começar tudo de novo, ou se juntar à equipe desse professor suíço, já que não havia qualquer chance de competir com ele. Cristiane pediu demissão da UNESP de Baurú, vendeu o carro, fez as malas e viajou para a Suíça para tentar seu doutorado lá. “Para poder ser aceita na Politécnica de Zurique, para fazer doutorado, primeiro você tem que dar um seminário para todos os professores. Após isso, eles se reúnem e decidem se você é admitida, ou não: fui admitida, consegui uma bolsa de estudos e em 1992 iniciei meu doutorado, que terminou dois anos e meio depois, tendo ainda ficado como pós-doc”, recorda Cristiane.

O mundo da ciência se abriu

Foi a partir desse momento que o mundo da ciência se abriu completamente para a pesquisadora brasileira. Um convite da Universidade de Hamburgo (norte da Alemanha) propiciou a Cristiane uma livre docência, a constituição de seu próprio grupo de pesquisa e a orientação de alunos, tendo sido a primeira mulher não professora a ser membro de um “Graduate College”. “Iniciei uma área completamente diferente de tudo quanto tinha feito no doutorado”, pontua Cristiane. Uma nova oferta de trabalho em Friburgo, na Suíça, para um cargo melhor, proporcionou que Cristiane Morais Smith desenvolvesse um projeto grandioso no âmbito de uma competição nacional de Física, desafio que a pesquisadora venceu, tendo conquistado não só o título de professora associada, como também um prêmio pecuniário de um milhão de francos suíços, verba essa que foi investida em seu novo grupo de pesquisa por um período de quatro anos. “É óbvio que nesse meio tempo eu teria que tentar conquistar uma posição permanente. Aí, em 2004 soube da existência de duas posições na Holanda, em duas universidades diferentes; apliquei e consegui uma cátedra em Física da Matéria Condensada, tendo escolhido a Universidade de Utrecht, considerada a melhor da Holanda. Faz quinze anos que estou lá”, enfatiza Cristiane, sorrindo.

Quem é Cristiane Morais Smith

Profundamente dedicada ao trabalho, Cristiane Morais Smith confessa o quanto seu marido a tem apoiado em sua jornada científica e acadêmica. “Trabalho bastante, mas tenho uma sorte enorme de ter um marido super compreensivo. Ele é suíço e nos conhecemos exatamente na Suíça, quando eu tive a oferta de ir para a Holanda. Viajou comigo, tentou se estabelecer lá, mas não deu certo. Atualmente, ele viaja semanalmente da Holanda para a Suíça e vice-versa para estar comigo, para me dar apoio. Então, metade da semana ele não está comigo e por isso eu não tenho hora para parar de trabalhar. Não tive filhos (não posso ter), mas aceitei sem problemas esse fato e sempre pensei: ‘já tenho minha carreira, já tenho tanta coisa boa na vida, por isso não vou me fixar naquilo que não tenho ou que não posso ter’. Afinal, esse problema até facilitou de alguma forma minha vida profissional”, argumenta Cristiane, com um semblante bem expressivo.

Emmy Noether

Como professora visitante no IFSC/USP, Cristiane Morais Smith tem um projeto CAPES em parceria com a NUFFIC (o equivalente à CAPES, na Holanda), envolvendo a USP de São Carlos e as Universidades Federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e Pará (UFPA), o que faz com que ela tenha que viajar com alguma frequência para o Brasil. “Visitei o IFSC/USP em março e agora em Dezembro; voltarei em maio de 2020 para participar no Encontro da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e em dezembro retornarei a Natal, já que estou organizando um evento”, elucida a pesquisadora.

Conquistando prêmios

Em 2008, Cristiane Smith conquistou um prêmio na Holanda, no valor de um milhão e meio de euros, bem como o prêmio de professor visitante especial “Ciência sem Fronteiras” do governo brasileiro (2013), o HEFE (High-End Especialista estrangeiro), do governo chinês em 2014 e 2015, o “Prêmio Dresselhaus”, na Alemanha, em 2016, e ano passado o prêmio “EPS Emmy Noether-2019”. Sobre seu mais recente prêmio, Cristiane sublinha que “foi uma sensação maravilhosa ter conquistado este prêmio, pois ele carrega o nome de Emmy Noether (1882-1935), que foi uma matemática alemã, conhecida pelas suas contribuições de fundamental importância nos campos da física teórica e álgebra abstrata, tendo sido considerada por Albert Einstein, dentre outros, como a mulher mais importante na história da matemática, sem nunca ter sido professora”.

A ciência brasileira e os sonhos

Em relação à ciência brasileira, a pesquisadora afirma que melhorou muito desde o período em que ela própria começou sua carreira. “Eu vejo o Brasil crescendo. Claro que sou uma otimista por natureza, mas o que vejo aqui são cientistas fantásticos, brilhantes, criativos. Mas, existe a necessidade de aprender a administrar a forma como se faz ciência no país e de uma forma mais efetiva. Existe a necessidade de se ser mais crítico, de questionar mais e também de acreditar mais. Eu era cheia de complexos e sempre olhei para mim mesma como se não soubesse nada. O cientista brasileiro tem muito disso e, na verdade, ele sabe muito”.

Quanto a sonhos para o futuro, a cientista brasileira é objetiva. “Acho que nunca tive um sonho preciso. Acho que meu sonho se resume ao meu próprio trabalho, à paixão que não termina, à ânsia de entender, de descobrir, de contagiar os alunos e de vê-los crescer juntos: é o percurso, a forma de percorrer. Eu não consigo focar que existe algo que eu quero obter, nunca pensei ‘quero ganhar tal prêmio’, pois ele será sempre uma consequência e nunca um objetivo. O objetivo é o conhecimento, poder entender cada vez mais e poder levar um monte de gente junto”, conclui Cristiane Morais Smith.

Para conferir o anúncio do Prêmio EPS Emmy Noether-2019, clique AQUI.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de janeiro de 2020

Biblioteca do IFSC/USP: iniciativa “Momento Bem Estar” regressa em 2020

Uma vez mais, graças ao sucesso alcançado nos dois últimos anos, a Biblioteca do IFSC/USP retomou no dia 15 do corrente mês a iniciativa “Momento Bem Estar“, encontros semanais de meditação abertos ao público em geral, coordenados pela educadora Patrícia Cristina Silva Leme (Pazu).

Embora estejamos ainda em período de férias escolares, o certo é que a adesão a esta primeira edição de 2020 congregou um bom número de participantes, prevendo-se que a iniciativa volte a ser um grande sucesso, a exemplo do que aconteceu em anos anteriores.

A Biblioteca do IFSC/USP realizará estas sessões todas as quartas-feiras, entre as 12h30 e as 13h00, que serão abertas, de forma gratuita, a toda a comunidade.

Participe!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de janeiro de 2020

Pó de vidro auxilia no tratamento de lesões ósseas

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desenvolveram, há alguns anos, um vidro especial que tem a particularidade de ajudar pessoas que sofreram algum tipo de lesão nos ossos.

Esse material é feito a partir de pó de vidro, que, aparentemente, parece uma esponja, mas é rígido.

O fato curioso nessa pesquisa é que esse material é bioativo e interage com o tecido ósseo, preenchendo e ocupando os espaços vazios.

Devidamente patenteado, o projeto está parado até hoje, aguardando alguma empresa que o transforme em um produto que fique ao serviço da Sociedade.

Acompanhe a entrevista feita com a pesquisadora Profª Drª Ana Candida Rodrigues, uma das responsáveis por esse trabalho de pesquisa, no programa “Na Fronteira do Conhecimento”, TV-USP/CEPOF (Canal 10 da Net São Carlos) e no Youtube do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Clique na imagem abaixo para acessar a entrevista.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de janeiro de 2020

Amazul abre processo seletivo com 67 vagas temporárias

A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – Amazul abriu processo seletivo simplificado com 67 vagas e cadastro de reserva para profissionais de ensino médio e superior. Os contratos de trabalho serão celebrados por prazo determinado para preencher o quadro temporário de pessoal.

As inscrições estão abertas entre os dias 3 de janeiro e 9 de fevereiro do corrente ano, somente no site do IDECAN.

A taxa de inscrição é de R$ 70,00 para cargos de nível médio e de R$ 100,00 para nível superior. Os salários variam de R$ 3.733,27 a R$ 15.987,74. O edital do Processo Seletivo Simplificado nº 01/2020 está disponível no site do Idecan a partir de 13 de janeiro. Os candidatos devem ler o edital completo devido às especificidades das vagas.

Há vagas para os seguintes cargos: analista administrativo (1), analista de desenvolvimento de sistemas (1), analista de negócios (1), analista de sistemas (3), arquiteto (3), contador (2), engenheiro civil (3), engenheiro de energia (1), engenheiro de produção (7), engenheiro de telecomunicações (1), engenheiro eletricista (6), engenheiro mecânico (11), engenheiro naval (2), engenheiro nuclear (2), engenheiro para atuar em instrumentação e controle (1), engenheiro para atuar em proteção e combate a incêndio (1), engenheiro para atuar em gestão de qualidade (1), engenheiro químico (3), especialista em tecnologia de desenvolvimento nuclear e defesa – proteção radiológica (1), físico (3), projetista civil (2), projetista de eletricidade (2), projetista de instrumentação e controle (1), projetista mecânico (5), químico (1), tecnólogo em projetos mecânicos (1), webdesigner (1).

Todos os cargos também têm cadastro de reserva.

Estão previstos alguns cargos somente com cadastro de reserva: analista de relações institucionais, assistente administrativo, engenheiro de automação e controle, engenheiro de materiais, pesquisador em História, técnico em eletrônica, técnico em mecânica e técnico em química.

O processo seletivo terá duas fases:
– prova objetiva para avaliação de conhecimentos gerais e específicos, de caráter eliminatório e classificatório; e
– avaliação de títulos e experiência profissional comprovada, de caráter classificatório.

Os contratados poderão ser alocados na sede da Amazul, em São Paulo, ou em qualquer outro local do território nacional. Atualmente, os empregados da Amazul trabalham na capital paulista, em Iperó (SP), Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Angra dos Reis (RJ).

O contrato terá duração de seis meses, podendo ser prorrogado uma única vez até o limite de dois anos para atender às necessidades da Amazul.

A Amazul foi criada em 2013 com o objetivo de absorver, promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).

A empresa atua em projetos relevantes nas áreas nuclear e de engenharia. Entre eles está o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), reator de pesquisa e produção de radioisótopos, base de fabricação dos radiofármacos usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Além da medicina, o RMB terá aplicações na agricultura, na indústria e em testes de materiais. A Amazul também mantém parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para implantação de boas práticas de fabricação de radiofármacos no Centro de Radiofarmácia operado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

A empresa participa ainda do projeto de extensão da vida útil da usina nuclear Angra 1, que visa estender o funcionamento da usina de 40 para 60 anos. E mantém parceria com o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia para desenvolver um dispositivo que recupera o déficit de bombeamento decorrente da insuficiência cardíaca, também conhecido como coração artificial (projeto “Coração de Jatene”).

Dentro do PNM e do ProSub, a Amazul atua no projeto do submarino com propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o Brasil exerça a soberania plena sobre suas águas jurisdicionais.

A Amazul também participa do projeto de ampliação da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (Uceu) da INB – Indústrias Nucleares do Brasil, em Resende (RJ). A usina aumentará a capacidade da INB para abastecer as usinas de Angra com combustível nuclear.

Outra área de atuação da empresa é a gestão do conhecimento em empreendimentos nucleares.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

13 de janeiro de 2020

Próximo mês de julho: 6º Congresso de Graduação da USP

Nos últimos dois anos, a Universidade de São Paulo avançou no sentido da transdisciplinaridade e da inovação curricular, sendo que em 2020 chegou a um dos pontos mais importantes na busca pela qualidade do ensino de graduação – os seus professores.

Dessa forma, a USP realiza nos dias 5, 6 e 7 de julho do corrente ano, o seu 6º Congresso de Graduação, que ocorrerá no Auditório do Centro de Difusão Internacional (CDI/USP), na cidade de São Paulo.

A Pró-Reitoria de Graduação procura oferecer aos docentes um aprimoramento pedagógico, para que possam acompanhar as constantes transformações sociais e tecnológicas que hoje ocorrem em ritmo acelerado, e assim articular colaborativamente as diferentes faces da educação, com o objetivo de aprimorar cada vez mais a qualidade do ensino.

Iniciativas criativas e exitosas já existem na USP, tanto nos cursos de bacharelado quanto nos de licenciatura e a expectativa é que o 6º Congresso de Graduação faculte momentos mais para que seus participantes conversem e compartilhem experiências sobre este e outros temas voltados ao desenvolvimento e ao aprendizado de seus estudantes.

Fique atento às novidades sobre este evento, que serão divulgadas no site da Pró-Reitoria de Graduação (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de janeiro de 2020

Produção científica do IFSC/USP no mês de dezembro de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de dezembro de 2019, clique AQUI, ou acesse o quadro em destaque (em movimento), no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico ACS Nano.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de janeiro de 2020

O legado do físico Antonio Ricardo Droher Rodrigues (1951-2020)

Faleceu em Campinas, no dia 3 de janeiro do corrente ano, o engenheiro e físico Ricardo Rodrigues (Antonio Ricardo Droher Rodrigues), líder da equipe de engenharia que desenvolveu e está finalizando a construção dos aceleradores do Sirius, a segunda fonte de luz síncrotron do Brasil, atualmente em fase de testes no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Nascido em Curitiba em 10 de novembro de 1951, Ricardo assumiu a liderança técnica do projeto pioneiro que dotou o Brasil da primeira fonte de luz síncrotron do Hemisfério Sul, desenvolvida e construída de 1987 a 1997 no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), hoje um dos laboratórios nacionais do CNPEM.

Graduou-se na Universidade Federal do Paraná, em 1974, em Engenharia Civil. Entre 1976 e 1979 fez o Doutorado em Física no King´s College University of London, orientado por Michael Hart, com a tese “X-Ray Optics for Synchrotron Radiation”. Inicialmente foi professor no curso de Física da UFPR, e ali começou as atividades no Grupo de Óptica de Raios-X e Instrumentação (GORXI), depois renomeado para Laboratório de Óptica de Raios-X e Instrumentação (LORXI), ainda em funcionamento naquela universidade.

Em 1984 Ricardo Rodrigues foi para o Instituto de Física e Química da USP, em São Carlos, convidado para o grupo de óptica daquele instituto. Seu dinamismo, criatividade e capacidade de propor soluções para aplicação de raios X em experimentos científicos desde logo chamavam a atenção de todos que com ele trabalhavam.

Não por acaso, Ricardo Rodrigues envolveu-se desde o início com o Projeto Radiação Síncrotron, iniciado no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Desse projeto resultaria a criação do LNLS, implantado em Campinas a partir de 1987. Ali, sob a liderança técnica de Ricardo, uma equipe formada por jovens recrutados em universidades tornou realidade um sonho que parecia impossível: projetar, construir e operar uma fonte de luz síncrotron, equipamento até então existente apenas em países desenvolvidos, destinado a impulsionar pesquisas científicas em áreas da física, química, biologia, engenharia de materiais e outras.

Foram necessários dez anos de trabalho até que, em 1997, o Brasil se juntasse a um grupo seleto de países, sendo o primeiro de Hemisfério Sul a ter uma fonte de luz síncrotron. Esse equipamento foi projetado sob coordenação de Ricardo Rodrigues e operou até 2019. Com a construção da fonte de luz síncrotron, uma comunidade hoje estimada em mais de seis mil pesquisadores passou a fazer experimentos científicos no LNLS.

Em 2001 Ricardo Rodrigues afastou-se do LNLS por motivações pessoais e criou uma empresa, a SKEDIO Tecnologia.  Nesse período, contribuiu para projetos que se estendem por um amplo espectro de aplicações, que vão desde a área de artes plásticas à construção civil e área de saúde, como exemplos.

Em 2009, ao assumir a direção do LNLS, Antonio José Roque da Silva persuadiu Ricardo Rodrigues a retornar ao Laboratório. A missão agora era desenvolver uma nova fonte de luz síncrotron no Brasil, inicialmente uma máquina de terceira geração. A comunidade de usuários exigia há algum tempo um novo equipamento, capaz de atender novas e crescentes demandas científicas. O nome de Ricardo Rodrigues era inconteste entre todos que sabiam da sua relevância no projeto da primeira fonte de luz.

Exemplo demonstrativo da capacidade criativa e entusiasmo de Ricardo Rodrigues para materializar sonhos aparentemente impossíveis ocorreu em 2012, quando um Comitê Científico Internacional formado por especialistas em máquinas síncrotron veio ao CNPEM. Convocado especificamente para avaliar o projeto então concebido, o Comitê recomendou a construção de um equipamento mais sofisticado, na vanguarda tecnológica, capaz de se manter competitivo no cenário internacional por muitos anos. Nascia desse desafio o que viria ser a fonte de luz Sirius. “Lembro do Ricardo, em um jantar com os integrantes do Comitê, e sua reação àquela proposta, dizendo um ‘topo!’ imediatamente. Esse era o tipo de desafio que Ricardo Rodrigues não rejeitava”, afirma José Roque, atual Diretor Geral do CNPEM e diretor do projeto Sirius.

Assim, de 2012 a 2019, coube a Ricardo liderar a equipe que desenvolveu um conjunto de soluções inovadoras, que colocaram Sirius como um dos líderes mundiais entre as fontes de luz síncrotron.

Em dezembro, com o câncer diagnosticado em meados do ano, Ricardo Rodrigues viu a Fonte de Luz Sirius em fase de testes bem-sucedidos de funcionamento, inclusive com um experimento-teste para obtenção de uma imagem tomográfica, comprovando o sucesso do projeto, que coordenou até poucos dias antes do seu falecimento.

Ricardo Rodrigues tinha a capacidade de unir entusiasmo, criatividade, conhecimento técnico e científico e encontrar soluções inéditas exigidas para construir equipamentos de alta sofisticação tecnológica. Ainda mais importante, era um formador de pessoas. Avesso a formalidades acadêmicas, reconhecido mundialmente como um criativo solucionador de problemas, Ricardo Rodrigues deixa saudades. Sua trajetória servirá de constante inspiração para os que, no Brasil, se dedicam a ciência, tecnologia e inovação.

(Assessoria de Comunicação do CNPEM)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

6 de janeiro de 2020

Aluno do IFSC/USP no NASA International Space APP Challenge

A NASA desenvolveu há já algum tempo o designado NASA International Space APP Challenge, cujo intuito é reunir pessoas para solucionar problemas reais em quarenta e oito horas (a maioria dos locais são setenta e duas horas, a primeira edição na localidade geralmente são dois dias apenas), são propostos desafios em diversas áreas.

Mais de 29.000 pessoas, oriundas de 71 países, participaram do Desafio Internacional de Aplicativos Espaciais de 2019. O Space Apps cria conexões. Como parte do Space Apps, o participante faz parte de uma comunidade global de hackathon, que firma colaborações entre setores e culturas, para gerar inovações que mudam de paradigma. A Space Apps faculta a consulta às soluções que se encontram nos dados gratuitos e abertos da NASA. As missões da NASA na Terra, no nosso Sol e sistema solar e no universo – todos coletam dados em busca de novos conhecimentos, para expandir a compreensão por meio de novas descobertas científicas e para ajudar a melhorar a vida na Terra.

Usando os dados da NASA para resolver os desafios de cada ano, as equipes dos Aplicativos Espaciais aprendem sobre os dados da NASA, sendo que esses mesmos aplicativos espaciais inspiram colaboração, criatividade e pensamento crítico, fomentam o interesse pela ciência e exploração da Terra e do espaço, e incentivam o crescimento e a diversidade da próxima geração de cientistas, tecnólogos, designers e engenheiros. O Space Apps é gerenciado pela Divisão de Ciências da Terra, Science Mission Directorate, na sede da NASA, em Washington, DC.

Victor Cardoso (de camisa amarela) rodeado pelos seus colegas de equipe, julgadores e membros da organização

Victor Richard Cardoso, aluno do 2º ano do Curso de Física Computacional do IFSC/USP, decidiu entrar nessa aventura, constituir uma equipe e apresentar um projeto relativo à criação de um jogo de tabuleiro virtual com 36 casas – Exomundus – Construtor de planetas -, onde pode participar entre dois e cinco jogadores. O objetivo do jogo é construir um planeta com uma determinada superfície, atmosfera, que tenha anéis (ou não), com satélite (ou não), enfim, um jogo que se estende por várias fases até chegar ao final. “Logo à partida, pensei em criar um jogo que envolvesse a criação e customização de um sistema solar, atendendo a que o desafio era desenvolver algo educacional. Foi no Onovolab, em outubro passado, que ocorreu a primeira edição da competição em São Carlos e foi aí que conheci o grupo que viria a ser minha equipe, a qual foi dado o nome de Zorgon. Discutimos sobre o projeto, inicialmente constituído por um simulador 3D, mas rapidamente fomos convencidos pelos mentores no Onovolab a abandoná-lo, atendendo a que esse tipo de jogo já era muito comum e já muito disseminado no mercado”, conta Victor.

Foi aí que a equipe decidiu criar o jogo de tabuleiro virtual e concorrer ao NASA International Space APP Challenge, confrontando-se com onze grupos constituídos por cinco pessoas cada. “Foi bem legal e arrecadamos o 3º lugar na competição local da cidade de São Carlos, que, contudo, não foi suficiente para participar na competição global da NASA, que ocorrerá em 2020. Os prêmios, devido à colocação, foram dois meses de acesso ao Onovolab e uma bolsa de 60% em um MBI, na UFSCar, para dividir entre o time. Temos muito a agradecer ao Prof. André Ambrosio e também ao Prof. Valter Libero, ambos do IFSC/USP, pela grande ajuda em relação às ideias sobre o jogo e sobre as questões físicas envolvidas. Também agradecemos a todos os pós-doutores da área de física computacional que, de uma forma ou de outra, nos ajudaram na caminhada. Continuaremos a tentar chegar mais longe nesta competição internacional”, pontua Victor.

Para conferir a participação da equipe Zorgon de São Carlos no NASA International Space APP Challenge, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2019

Câncer de colo do útero – tudo sobre a doença e tratamento por TFD

As lesões que causam o câncer de colo do útero – ou câncer cervical – podem ser tratadas de forma não invasiva, através da Terapia Fotodinâmica (TFD),através de um protocolo clínico inovador derivado de uma pesquisa que teve início em 2011, sob a coordenação do Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Considerada uma das doenças que mais matam mulheres no mundo – sendo que no Brasil é o segundo tipo de câncer mais prevalente no sexo feminino -, o câncer de colo do útero é uma doença que se desenvolve a partir da Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), lesão que é causada pela infecção do vírus HPV (a sigla em inglês para papilomavírus humano). A infecção ocorre predominantemente pela via sexual e a manifestação dos sinais e sintomas depende do sistema imunológico do indivíduo portador, bem como de outros fatores de risco, tais como o início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros(as) sexuais e tabagismo.

Existem mais de 150 tipos de HPV descritos na literatura, sendo que eles são divididos em dois grupos: de baixo e alto risco, que depende da capacidade do vírus em desenvolver lesões benignas, como o condiloma; ou, se for um tipo viral oncogênico, pode desenvolver principalmente o câncer de colo de útero. Estes vírus agem de forma lenta e silenciosa no organismo humano, por isso a importância das mulheres em realizar o exame do Papanicolau anualmente, pois é através dele que se pode detectar esse tipo de alteração no colo do útero, aumentando as chances do diagnóstico da doença antes mesmo dela evoluir para o câncer no local.

No programa “Feminino de A a Z”, transmitido pela TV-USP/CEPOF (Canal 10 da Net São Carlos), a pesquisadora do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Drª Natália Inada, fala sobre tudo o que envolve esta doença, desde a prevenção, passando pelos tratamentos e a importância do exame Papanicolau para a saúde da mulher.

Clique na imagem abaixo e assista a esta interessante entrevista.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2019

Applications of molecular coherence:  from ultrafast physics to biophotonics

O Grupo de Óptica do IFSC/SUP realizou no dia 19 de dezembro seu último seminário do ano, com a presença especial do Prof. Alexei Sokolov (Institute for Quantum Science and Engineering, Department of Physics and Astronomy, Texas A&M University, College Station, Texas).

Em sua apresentação, Sokolov sublinhou como a coerência quântica é a característica central de múltiplas técnicas e corresponde a uma situação em que átomos ou moléculas de uma amostra são preparados em um estado de superposição coerente – ou, em termos simples, vibram em uníssono, sendo que um alto grau de coerência pode levar a resultados surpreendentes.

Sokolov explicou como a coerência atômica tem sido usada em transparência induzida eletromagneticamente (EIT), propagação de luz ultrasslow e lasing sem inversão. Trabalhos recentes mostraram que uma coerência molecular aumentada e habilmente manipulada permite melhorias na detecção e detecção ópticas. A detecção coerente de Raman, combinada com nano-plasmônicos produz uma melhoria multiplicativa na sensibilidade.

Outro exemplo dado pelo palestrante é uma técnica denominada modulação molecular, que permite a geração de um espectro coerente ultrabroad e permite a síntese de pulsos arbitrários ultra rápidos de tempo e espaço, sincronizados em relação às oscilações moleculares.

Em sua palestra, Sokolov revisou o desenvolvimento de ideias relativas a vários efeitos de coerência e suas aplicações, a campos que vão desde a detecção remota a nano-sensoriamento e biofotônica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2019

Instituto de Física de São Carlos mais próximo da sociedade

A Educação brasileira passa por momentos de extremas dificuldades, já que elas não advêm apenas do fato de não haver recursos suficientes para educar a todos. Essas dificuldades também passam pela área cultural, principalmente pela dificuldade de se dar valor à educação como elemento básico na contribuição para o desenvolvimento da Nação.

Olhando ao seu redor, o cidadão aprende, assim, a dar valor às conquistas que a Educação é capaz de oferecer à sociedade. Obviamente, nossos olhos e nossa atenção recaem quase que prioritariamente na educação universitária. As universidades tiveram investimentos importantes nas últimas décadas e, apesar das atuais dificuldades, o certo é que existem infraestruturas erguidas que permitem dar continuidade ao valor que tem a educação de nível superior junto da sociedade – seja através da realização de pesquisas, seja através da formação de novos profissionais de diversas áreas, altamente qualificados, seja, inclusive, no reconhecimento do valor do aluno quando esse conquista o seu diploma.

Todas as universidades realizam, com certo destaque, as formaturas de seus estudantes, e a razão disso deve-se ao fato de que elas gostam de reconhecer o esforço que foi feito por todos para se atingir algo tão importante na vida de um aluno, ou seja, a entrada em um outro patamar da vida, algo que esse(a) jovem estudante sente imediatamente.

A nível fundamental e médio, vê-se que as escolas públicas, principalmente, não estão conseguindo fazer o fechamento final do esforço de seus alunos, dando a eles, de igual forma, a formatura condigna. Para alguns, essa cerimônia não passa de algo trivial, perfeitamente dispensável, enquanto que para outros (muitos) ela, quando instituída, poderá se transformar no tônico essencial para que o jovem aluno siga em frente, principalmente por um motivo: “Eu sou capaz!”. De fato, não se pode concluir fases tão importantes na vida dos jovens alunos, simplesmente entregando num balcão de uma secretaria um diploma de estudante. É necessário nesse momento dar o devido valor à Educação, ao aprendizado e aos professores que caminharam juntos nessas trilhas. É nesses momentos que o aluno percebe o quanto ele foi importante em ter conseguido seguir os passos indicados por seus mestres e ter atingido os diferentes graus da Educação. É sabido que muitas escolas não têm condições de levar seus estudantes para uma formatura, num espaço nobre onde possam congregar familiares, colegas e professores, com o intuito de todos poderem prestar tributo e dar valor a esse momento tão importante, que é a conclusão de mais um ciclo no período de educação.

Para o Prof. Sebastião Pratavieira (IFSC/USP), infelizmente as escolas são carentes de infraestruturas capazes de acolher suas cerimônias de colação de grau. “O IFSC é uma instituição pública estadual, uma continuação das escolas estaduais de ensino fundamental e médio, e felizmente temos condições de oferecer essa infraestrutura. Colaborar com as escolas é aproximar ainda mais a comunidade à Universidade e também uma forma de homenagear os alunos e professores. Para um aluno, sua colação de grau é um marco que fica para o resto da vida. E sendo feita dentro de uma Universidade mostra que ela é acessível e possível e poderá ser o diferencial para sua vida futura”.

Maykon Formenton

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tem o privilégio de possuir uma ótima estrutura para a realização de seus eventos, contando-se, entre eles, as famosas Colações de Grau. Foram investimentos que foram feitos ao longo dos anos e que agora vem, na medida do possível, disponibilizando essa infraestrutura para que as escolas da cidade de São Carlos realizem suas formaturas nos diversos níveis de ensino – básico, fundamental e médio. Desta forma, o IFSC/USP acredita que está contribuindo para dar o devido valor à Educação, que está se aproximando ainda mais da sociedade, disponibilizando a ela aquilo que ele tem de melhor, que é o seu espaço, sua infraestrutura, em prol da valorização da Educação.

Para Maykon Formenton, técnico responsável pelos procedimentos audiovisuais no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) “Disponibilizar as infraestruturas de nosso Instituto para a escolas da cidade de São Carlos é devolver à sociedade um pouco da contribuição que ela faz para a Universidade. Fazer cerimônias de colação de grau aos alunos dos ensinos fundamental e médio é incentivar os jovens a prosseguir nos estudos. Tudo isso é possível, claro que com regras e procedimentos para que essas comemorações tenham qualidade”.

Claudio Boense Bretas

Além de disponibilizar seu espaço para formaturas – devidamente sujeito às regras de utilização -, o IFSC/USP também está, a partir de agora, num processo de disponibilizar laboratórios de ensino para que os estudantes possam completar a sua educação realizado práticas de Física nas dependências da Universidade. O IFSC/USP pretende, através dessas atividades, contribuir com a sociedade, tanto do ponto de vista da formação dos alunos, como também repassando a mensagem clara que quer contribuir com a comunidade para valorizar o ensino e a educação em qualquer um de seus níveis. O IFSC/USP está verificando, inclusive, a possibilidade de colaborar com as instituições de ensino na organização desses eventos, através de seu setor de Eventos, com a plena confiança de que todas as que forem abrangidas cuidarão do patrimônio colocado à sua disposição, como se fossem delas.

Para Cláudio Boense Bretas, Técnico de Laboratório do IFSC/USP “É uma ótima ideia trazer para dentro do Instituto e da USP não só os alunos dos ensinos fundamental e médio, como, também, seus familiares, por forma a que vejam que o futuro de seus jovens está ao alcance. Uma Universidade gratuita. Colaborar na colação de grau dos mais jovens é fazer o aluno perceber que seus horizontes são muito vastos, assim ele queira”.

Segundo o diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato “Nós não podemos dar valor apenas à Educação de nível superior, já que essa é nossa função como cientistas e professores universitários. Mas como cidadãos, temos que dar valor à Educação em todos os seus níveis, para que os jovens estudantes possam se entusiasmar em seguir suas carreiras acadêmicas, vendo a “Escola” como algo que vale a pena seguir, tendo em vista seu futuro”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de dezembro de 2019

Em seminário: “Correlações gluônicas na rede a temperatura finita”

Em mais um seminário inserido no programa High Energy Physics, realizado no dia 18 de dezembro, Matheus Cerqueira (IFSC/USP) apresentou o tema Correlações gluônicas na rede a temperatura finita, onde o palestrante deu ênfase à Cromodinâmica Quântica (QCD), teoria de gauge não-abeliana que descreve a interação forte entre quarks, mediada pelos glúons.

O grande desafio no estudo da QCD é que o comportamento da constante de acoplamento forte torna inviável a descrição perturbativa da teoria em baixas energias. O formalismo de rede é um método não-perturbativo que envolve a descrição da teoria através da equivalência entre uma teoria quântica de campos no espaço euclidiano e um modelo de mecânica estatística clássica, por meio de uma densidade de probabilidade.

Além disso, temos a discretização do espaço-tempo, de maneira que os quarks sejam representados por sítios de uma rede e os glúons indiretamente pelos elos que conectam esses sítios.

Neste seminário, Matheus fez uma breve revisão sobre a aplicação desta formulação à teoria de Yang-Mills para o grupo SU(2), com ênfase na descrição do propagador do glúon. Em seguida, enfatizou a busca por uma descrição do comportamento desse propagador próximo à temperatura crítica de transição de fase de desconfinamento, incluindo efeitos de massas de blindagem, associadas aos polos desse propagador a temperatura finit, tendo apresentado sua investigação sobre a região crítica utilizando o método finite-size scaling (FSS), aplicado ao loop de Polyakov, que é o parâmetro de ordem da teoria.

Assessoria der Comunicação – IFSC/USP

19 de dezembro de 2019

Corais da USP e UFSCar se apresentam na Igreja de São Benedito – São Carlos

Prof. José Pedro Donoso Gonzalez (IFSC/USP) no violoncelo – Camerata Octo+

A Igreja de São Benedito, em São Carlos, recebeu no dia 14 de dezembro o Encontro de Coros, um extraordinário evento cultural que congregou uma vasta plateia.

Participaram cinco corais, a saber:

Coral Santa Cecília, sob a regência de José Renato Gonçalves;

Madrigal e o Vivo Canto da UFSCar, sob a regência de Jane Borges;

Coral Wilson Cury, sob a regência de Wilson Cury);

Coral Paulista de São Carlos, sob a regência de Flávia Bombonato;

Coral da USP de São Carlos, sob a regência de Sergio Alberto de Oliveira.

A Camerata de Cordas Octo+, regida por Araceli Hackbarth, acompanhou as apresentações do Corais Santa Cecilia e da UFSCar, neste último interpretando Gloria, Vivaldi.

Um evento cultural de grande qualidade, que se espera regresse mais vezes.

 

Coral USP São Carlos

Coral Madrigal – UFSCar

(Colaboração na recolha de imagens: Prof. Sebastião Pratavieira)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de dezembro de 2019

Iniciativa do Espaço Interativo de Ciências – EIC-CIBFar

Em 2019, o Espaço Interativo de Ciências (EIC – CIBFar/CEPID/FAPESP) ofereceu o curso “Utilização de experimentos e modelos tridimensionais no ensino de biologia molecular para o ensino básico”, em parceria com a Diretoria de Ensino Regional São Carlos (SEE-SP). Dele participaram cerca de 40 professores de Ciências da Natureza, de 29 escolas estaduais de São Carlos, reunindo-se em 10 encontros durante os meses de agosto a dezembro.

Nos encontros foram realizadas palestras e atividades práticas com a utilização de estratégias e materiais didáticos produzidos pelo EIC. Cada uma das escolas representadas recebeu um kit “DNA-RNA-Proteína”, com cerca de 6.000 peças, para ser utilizado pelos professores cursistas em suas respectivas escolas, com seus próprios alunos, ao longo do curso e posteriormente.  Alguns professores replicaram as atividades práticas em sala de aula e obtiveram bons resultados: “Esse curso e esse material são ótimos! Muito proveitoso pra mim e principalmente para os alunos”, relatou a professora da Escola Estadual Conde do Pinhal, Silvana Tonon.

Uma atividade de encerramento foi idealizada para que os professores das diferentes escolas pudessem compartilhar suas experiências utilizando os materiais didáticos e discutirem com seus pares os resultados alcançados. Nesse evento, ocorrido no último dia 7 de dezembro, cinco professores apresentaram o trabalho realizado em sala de aula e ao final cada participante foi contemplado com um kit “Processo de tradução, RNAm-proteínas”, com cerca de 860 peças.

Da equipe desenvolvedora do curso fez parte a Profa. Leila M. Beltramini (coordenadora), Prof. Nelma R. S. Bossolan, Educadora Gislaine Costa dos Santos, todas do IFSC-USP, e a Profa. Marília Faustino Silva, da Diretoria de Ensino Regional de São Carlos. Também participaram no oferecimento das atividades os pós-graduandos do IFSC-USP, Andre Schutzer de Godoy, Jakeline de Freitas Ferreira, Marcela Nunes Argentin, Rafaela Sachetto Fernandes e Raphael Antonio Caface.

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

17 de dezembro de 2019

Site da Biblioteca do IFSC com layout mais moderno, intuitivo e atrativo

O site da Biblioteca do IFSC/USP passou por uma renovação de sua imagem, apresentando agora um layout mais moderno, intuitivo e atrativo.

Os conteúdos disponibilizados no site apresentam-se agora mais fáceis de localizar, o que proporciona maior agilidade para o usuário encontrar rapidamente o tema que procura.

Um trabalho de parceria entre o Serviço de Biblioteca e Informação do IFSC/USP e a Seção Técnica de Informática de nosso Instituto.

Para acessar o site da Biblioteca do IFSC/USP, em sua nova versão, clique AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de dezembro de 2019

Laser de baixa potência trata dores orofaciais – neuralgia do trigêmeo

Você alguma vez sentiu pequenos choques que se estendem pelo maxilar até à parte posterior da orelha?

Esses pequenos choques (neuralgia do trigêmeo), mais usuais em mulheres com idades acima dos cinquenta anos, são originados pela compressão da artéria cerebelar superior sobre  a raiz nervosa do trigêmeo, uma inflamação que pode ter origem na progressiva rigidez da artéria, ou no aparecimento de aterosclerose, etc., e a qual se dá o nome de neuralgia do trigêmeo.

A neuralgia do trigêmeo é um distúrbio nervoso que provoca uma dor insuportável na região do rosto, por onde passa o nervo trigêmeo – responsável por carregar as mensagens das sensações do rosto para o cérebro. Na opinião de muitos especialistas, as dores sentidas por esta condição são descritas como uma das piores dores que existem“, caracterizadas por um incômodo muito forte na cabeça, como a sensação de um “choque”, ou queimadas nas áreas de onde os ramos do nervo são distribuídos – por exemplo, lábios, olhos, nariz, couro cabeludo, testa, mandíbula e maxilar. As dores, que são constantes e muito fortes, costumam ter duração de alguns segundos até dois minutos.

Dr. Vitor Hugo Panhoca

Até há bem pouco tempo atrás, um dos mais eficientes métodos para eliminar esse mau estar era a administração de medicação e uma pequena cirurgia chamada “Técnica Cirúrgica Janetta”, ou compressão por balão, onde se colocava uma espécie de almofada, ou amortecedor, debaixo dessa artéria, evitando, dessa forma, a compressão da mesma sobre a raiz do nervo trigêmeo.

Agora, a Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), instalada na Santa Casa da Miserícórdia de São Carlos, através do Dr. Vitor Hugo Panhóca, iniciou um novo protocolo para esse tipo de mau estar, com uma terapia complementar para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, através da aplicação de luz laser nos locais doloridos (laserterapia de baixa potência).

“Combinada com as usuais drogas utilizadas para esse efeito – oxicarbamazepina e carbamazepina -, a repolarização dos nervos acontece com mais rapidez e eficácia, proporcionando um alívio rápido para os incômodos que provocam esses choques. Em cerca de dois a três meses, com oito a doze aplicações de laser de baixa potência durante quinze minutos cada, essa situação ficou normalizada”, confirma o Dr. Vitor Hugo Panhóca, que é especialista em dor orofacial e é o responsável pelo tratamento na UTF.

As pessoas portadoras com esses sintomas, poderão marcar atendimento na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telefone (16) 3509-1351.

(Imagens: Globo / Vidal Saúde)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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