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30 de junho de 2017

A ciência que ELAS fazem

Não é novidade dizer que mulheres não recebem os mesmos holofotes que homens por suas conquistas científicas- mesmo que a história não seja pródiga em trazer inúmeros exemplos de pesquisadoras que desenvolveram estudos que são, hoje, referência no mundo acadêmico (e fora dele).

Felizmente, iniciativas que exaltem as conquistas científicas feitas por mulheres têm, cada dia mais, ganho espaço, e uma delas foi lançada recentemente pelas alunas, Jacqueline Garutti Lopes (IFSC/USP) e Juliana Gimenez (ICMC/USP), coordenadas por Thaís Jordão, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), com o ciclo mensal de seminários “Ciência que elas fazem”.

A ideia começou a ganhar corpo após a exposição “Elas: expressões de matemáticas brasileiras”, realizada no ICMC em março deste ano, em comemoração ao dia das mulheres. “Foi a partir dessa exposição que começamos a refletir sobre o fato de que o trabalho de mulheres na ciência é pouco divulgado, não só nos dias de hoje, mas historicamente. Nossa ideia inicial era fazer esse tipo de divulgação nas escolas, trazendo informações sobre as mulheres na ciência, e estimulando alunas do ensino médio a seguir essas carreiras”, relembra Juliana.

A partir de então, Juliana e Jaqueline conversaram com Thaís, e a ideia ganhou um novo formato, resultando no “Ciência que elas fazem”, no qual alunas, docentes e pesquisadoras da USP São Carlos e de outras universidades e instituições de pesquisa têm a oportunidade de mostrar seus trabalhos ou, simplesmente, falar sobre as pesquisas de outras mulheres, de maneira simples e descomplicada, permitindo que todos compreendam e tenham conhecimento destes trabalhos, mesmo que não estejam relacionados às suas áreas de pesquisa. “Gostaríamos que, de alguma forma, esse seminário auxilie na permanência de mulheres nos cursos oferecidos na USP São Carlos, mas queremos também que isso estimule as mulheres, em geral, a ingressar em carreiras científicas”, afirma Jacqueline.

O “Ciência que elas fazem” ocorre na última ou penúltima quarta-feira de cada mês, às 13 horas, no auditório do ICMC “Fernão Stela”. O seminário é aberto ao público e todos estão convidados a participar- como espectadores e palestrantes.

Para mais informações sobre a programação ou sobre o “Ciência que elas fazem”, acesse https://thsjordao.wixsite.com/elascientistas

28 de junho de 2017

Feira reuniu 55 clubes de ciências no Campus USP São Carlos

No último domingo (25), no Salão de Eventos do Campus USP FEIRA_DE_CeT_CEPOF_2017_1_250São Carlos, o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF/FAPESP) e a Diretoria de Ensino – Regional São Carlos realizaram a Feira de Ciência e Tecnologia do CePOF/USP-2017, que reuniu 55 clubes de ciências, formados por alunos de escolas públicas das cidades paulistas de Corumbataí, Descalvado, Dourado, Ibaté, Itirapina, Ribeirão Bonito e São Carlos (incluindo os distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia), que apresentaram os projetos que desenvolveram com os kits educativos do programa Aventuras na Ciência, dedicados às áreas de astronomia, biologia, geofísica, matemática, física óptica, cores, química e termodinâmica.

Nessa edição do evento, a adesão de clubes foi tão alta – na feira que se realizou no ano passado, participaram 30 equipes – que a organização não incluiu a participação de escolas particulares. Além do maior número de clubes, a qualidade dos trabalhos também foi outro destaque do evento: “Os trabalhos dessa Feira estão em um nível muito mais elevado do que os do ano passado. Os alunos, no ano passado, estavam pedindo auxílio aos professores. Este ano, não. Eles mesmos [os alunos] estão explicando, estão respondendo a todas as argumentações”, disse a Dra. Wilma Barrionuevo, integrante do CePOF.

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Wilma Barrionuevo e Silvana Belotti

Silvana Belotti, Professora Coordenadora do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de São Carlos, destacou a importância de professores estimularem, em seus alunos, o interesse pela pesquisa. “Aconteceu um crescimento científico dentro das escolas. Escolas que não tinham clube criaram seus clubes; as escolas que tinham clubes aumentaram o número de clubes. E isso foi, para nós, muita satisfação”.

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Débora Gonzalez

Débora Gonzalez Costa Blanco, Dirigente Regional de Ensino da Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, destacou o prazer dos jovens em desenvolver os projetos de ciência; o potencial que esses alunos têm para ingressar em uma universidade pública; e o auxílio que iniciativas como a Feira oferecem para que o público pré-universitário esteja suficientemente preparado para se formar em instituições, como a USP. “A escola pública tem que marcar o seu espaço, porque, afinal de contas, nós temos todas as ações afirmativas, as cotas, as vagas que são reservadas a ela, e queremos ocupá-las da melhor maneira possível, com alunos bons”.

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Franciele Araújo

Na Feira, houve inclusive grupos que personalizaram marcadores de livros, em referência aos seus clubes, enquanto outros comercializaram as próprias ideias. Foi o caso de um grupo de sete alunos da Escola Estadual Professor Sebastião de Oliveira Rocha, de São Carlos. A estudante Franciele Araújo (16 anos), que faz parte da equipe, explicou que, com a infraestrutura da própria escola, seu grupo começou a estudar como se faz extração de óleos essenciais e, depois, obtiveram aromas de laranja, lavanda, limão e citronela.

Assim, os estudantes misturaram esses aromas e PROJETO_-_E_E_SEBASTIAO_250criaram produtos, como aromatizantes e sabonetes. Os alunos dessa escola e seus pais apoiaram tanto a ideia que os desenvolvedores do projeto empreenderam, comercializando os produtos. Franciele disse que todo o dinheiro arrecadado tem sido investido no desenvolvimento do projeto, que poderá ser aprimorado assim que os jovens empreendedores regressarem das férias escolares. “A gente ainda está com a ideia de, quem sabe, fazer um mini perfuminho ou aprimorar mais o nosso trabalho”.

Além dos clubes de ciências, pôde-se, por exemplo, conferir o planetário itinerante, bem como os aparelhos e experimentos do CePOF, e experimentos de física que foram apresentados por pessoal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Durante o evento, foram premiados clubes, professores e escolas participantes:

Ensino Fundamental

E.E. Jardim Zavaglia – São Carlos – Experimento: Análise Geológica do Cerrado

E.E. Prof. João Marmorato – São Carlos – Experimento: Comparação da Variação de

Temperatura entre dois planetas do Sistema Solar.

 

Ensino Médio

E.E. Jardim Zavaglia – São Carlos – Experimento: Cromatix: As Aventuras no mundo das Cores.

E.E. Sebastião de Oliveira Rocha – São Carlos – Experimento: Extração de óleos essenciais.

E.E. Sebastião de Oliveira Rocha – Experimento: Acidificação de uma solução de gás carbônico.

E.E. Antonio Militão – São Carlos – Experimento: Chuva ácida.

 

Escolas mais participativas

E.E. Sebastião de Oliveira Rocha – São Carlos: onze clubes de ciências

E.E. Luciano Ivo – Descalvado: sete clubes de ciências

E.E. Joaquim de Toledo – Itirapina: cinco clubes de ciências

 

Professores mais participativos

Claudio Goyano: orientou sete clubes de ciências

James Coleman: orientou cinco clubes de ciências

Isabel Kakuda e Sergio Rodrigues: cada professor orientou três clubes de ciências

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2017

USP e as Profissões no interior: Milhares conferiram atividades do IFSC

ESTANDE_IFSC_2017_USP_E_PROFISSES_CAMPI_INTERIOR__DEST_250Milhares de pessoas conferiram as atividades promovidas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), na 15ª edição da USP e as Profissões 2017 (Feira Campi Interior) que ocorreu nos dias 22 e 23 de junho, no Centro de Convenções da Área II do Campus USP São Carlos. Promovida pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU/USP), a Feira é uma oportunidade para que o público pré-universitário interessado em ingressar na graduação da USP interaja com alunos, pesquisadores e docentes da Universidade, podendo se informar sobre os pormenores dos cursos, bem como das formas de acesso e das iniciativas de permanência estudantil da USP, e do mercado de trabalho.

O educador Herbert Alexandre João coordenou as atividades do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) na Feira, tendo representado a Unidade na comissão organizadora do evento. Segundo ele, das 17.570 pessoas que visitaram o local, milhares estiveram na tenda cultural onde aconteceram edições do Show da Física, compostas por demonstrações de experimentos geralmente apresentados durante o Programa Universitário por Um Dia, que periodicamente atrai visitas de alunos do ensino médio ao Campus USP São Carlos; duas mil visitaram o planetário itinerante do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF/FAPESP); e centenas conheceram o EDUCADOR_HERBERT_ALEXANDRE_JOO_250estande do IFSC onde, além da exposição de instrumentos dedicados à explicação de alguns conceitos físicos, puderam conferir uma mostra com aparelhos desenvolvidos na Unidade, que exemplificaram as diferentes aplicações da física, como, por exemplo, na área da saúde, para a qual foram desenvolvidas metodologias para o tratamento de osteoartrose e onicomicose, baseado no uso de luz. Essa exibição, segundo Herbert, teve como finalidade mostrar que o empreendedorismo é também uma característica da física.

Outro propósito do estande foi a divulgação dos cursos oferecidos pelo Instituto (Bacharelado em Física, Bacharelado em Física Computacional, Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares e o curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas) e das PROF_DR_JOAO_RENATO_CARVALHO_MUNIZ_250oportunidades profissionais para físicos. De acordo com o Prof. Dr. João Renato Carvalho Muniz (IFSC/USP), geralmente a função do físico é o aspecto que mais intriga aqueles que visitam os estandes da Unidade, nas edições do evento. “O físico está em todos os lugares. Então, na verdade, é uma pergunta difícil de se responder. O físico faz muita coisa. Muita coisa”, explicou, citando a educação (níveis básico e superior), computação e a biologia, como alguns exemplos de áreas em que um físico pode atuar.

Na segunda-feira (22), as Profas. Dras. Manuela Vecchi (IFSC/USP) e Thaís Jordão (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP) conversaram com dezenas de visitantes, a respeito da igualdade de gênero na ciência. PROFA_DRA_MANUELA_VECCHI_250Segundo a Profa. Manuela, ainda há um preconceito contra a atuação das mulheres na ciência e foi importante chamar a atenção dos jovens participantes, principalmente do público masculino, para que percebessem que essa questão é uma realidade não só brasileira. “As pessoas falam que esse preconceito não é uma verdade, porque não estão acostumadas a perceberem o que acontece aos seus redores”, disse ela: “Fatores culturais e sociais fazem com que o mundo tenha 50% de mulheres, mas que a ciência não seja feita por 50% de mulheres”.

Outros docentes do Instituto também participaram de sessões de bate-papo com os participantes. No dia 23, por exemplo, o Prof. João Renato apresentou uma palestra, em que falou sobre as formas de ingresso e as ações de apoio à permanência estudantil na USP, o IFSC e o mercado de trabalho.

Confira algumas imagens da 15ª edição da Feira:

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2017

Colloquium diei: Desafios e pesadelos da resistência a antibióticos

ANA_DARINI_250Decorreu nesta sexta-feira (23), pelas 10h30, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), no âmbito do Colloquium diei, a palestra Desafios e pesadelos da resistência a antibióticos, apresentada por Ana Lúcia da Costa Darini, Professora Titular da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto.

A Profa. Ana Lúcia graduou-se em Farmácia Bioquímica pela USP, onde especializou-se em microbiologia clínica e desenvolveu o mestrado e doutorado em ciências biológicas. Entre 1998 e 1999, realizou pós-doutorado no Laboratório Central de Saúde Pública – CPHL, na Inglaterra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2017

High-Energy Physics Seminars: Exploring the high energy frontier

No High-Energy Physics Seminars que se realizou na tarde de 21 de junho, na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a oscilação de neutrinos foi o tema que norteou a apresentação Exploring the high energy frontier with neutrinos, ministrada pelo Prof. Dr. Orlando Peres, do Instituto de ORLANDO_PERES_250Física “Gleb Wataghin” da Universidade Estadual de Campinas (IFGW/UNICAMP).

O docente é graduado em física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), tendo pós-doutorado pela USP, Universidade de Valência (Espanha), UNICAMP e Centro Internacional de Física Teórica – ICTP (Itália).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2017

CEPOF/IFSC realiza Feira de Ciências no próximo domingo

CEPOF_-_LOGO100No próximo domingo, 25 de junho, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CEPOF/IFSC realiza a Feira de Ciência e Tecnologia da CEPOF/USP-2017, um evento que é resultado de uma importante parceria entre o CEPOF e a Diretoria de Ensino – Regional São Carlos, e que ocorrerá no Salão de Eventos da USP (entrada pela Marginal, antes do Habib’s), entre as 10 e 17 horas.

A Feira contará com a participação de 55 Clubes de Ciências criados em escolas públicas. Os experimentos a serem apresentados pelos alunos incluem kits educativos do Programa “Aventuras da Ciência”, distribuídos gratuitamente pelo CEPOF há cerca de 1 ano às escolas vinculadas à Diretoria de Ensino-Regional de São Carlos – DE, a qual abrange as cidades de São Carlos, Itirapina, Descalvado, Corumbataí, Dourado, Ibaté e Ribeirão Bonito.

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Equipe coordenadora

Segundo a coordenadora de Difusão Científica, Wilma Barrionuevo, a constituição desse grande número de clubes de ciências é uma grande vitória, fruto do esforço conjunto dos integrantes do CEPOF, bem como pelo esforço e cooperação intensiva da Diretoria de Ensino. A equipe coordenadora conta com os educadores Vanderlei Bagnato, Euclydes Marega, Cristina Kurachi, Wilma Barrionuevo, Débora Gonzalez e Silvana Belotti, além de professores, técnicos e alunos do CEPOF/IFSC/DE.

Um dos principais intuitos das ações de Difusão Científica do CEPOF é aproximar a USP da sociedade em geral. “A grande importância da ciência está no fato dela produzir tecnologia. A tecnologia, por sua vez, resolve grande parte dos problemas da humanidade, através de todas as suas áreas: medicina, física, engenharia e biologia, dentre outras. Assim, é extremamente importante despertarmos no jovem o prazer pela ciência”, destacou Wilma Barrionuevo.

Para o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, docente do IFSC/USP e coordenador do CEPOF, a finalidade da Feira será introduzir a ciência nos estudantes, de modo a complementar o ensino que eles já recebem nas escolas, onde têm aulas expositivas. Segundo o docente, para participarem da Feira, os jovens tiveram que imaginar e inventar o que queriam observar, com os instrumentos que receberam como apoio. “Além disso, há o fator da descoberta. Muitos não conseguem visualizar o planeta Terra como ele é. Com o uso dos kits e a prática da ciência, os alunos visualizam melhor o que realmente acontece na natureza. Nossa ideia é que a experimentação seja parte da formação científica das pessoas”.

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Edição de 2016

A Feira de Ciências incluirá a exibição do Planetário do CEPOF, bem como vários experimentos e jogos lúdicos, os quais serão apresentados por educadores do CEPOF/IFSC.

Para informações adicionais, contate Wilma Barrionuevo pelo email: wilma@ifsc.usp.br

O evento é aberto a toda população, entrada gratuita. Leve a sua família!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2017

Molécula de espinheira-santa tem mecanismo de biossíntese desvendado

Conhecida por suas potenciais atividades anticancerígenas, antioxidantes, anti-inflamatórias e analgésicas, a molécula Friedelina teve sua biossíntese (maneira como é produzida) elucidada por pesquisadores que visam produzi-la, sem extraí-la da natureza. A molécula também seria uma opção para tratar complicações no fígado e no intestino, bem como candidíase, uma infecção causada por fungos.

espinheira_santa_250A molécula é produzida naturalmente na Maytenus ilicifolia, planta também conhecida como espinheira-santa. Mas, para compreenderem a formação e o funcionamento da molécula, pesquisadores clonaram – e, em alguns testes, modificaram – o gene da enzima que dá origem à molécula Friedelina e o inseriram na Saccharomyces cerevisiae, uma levedura (espécie de fungos) que tornou mais fácil o processo de análise da biossíntese da molécula.

“Esse trabalho é bem interessante porque a gente conseguiu mostrar que têm algumas partes [estruturais] dessa proteína [Friedelina] que são muito importantes para fazer essa biossíntese”, explica o Prof. Dr. Rafael Guido, docente do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que desenvolveu o estudo juntamente com pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de da USP de Ribeirão Preto, e do Instituto de Química e Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), que visam desenvolver novos fármacos, a partir de produtos naturais brasileiros.

No IFSC/USP, o grupo liderado pelo Prof. Guido responsabilizou-se pelos estudos de modelagem e análise de dados referentes à estrutura da proteína, na tentativa de explicar como a Friedelina é produzida.

Guido diz que, com a compreensão de RAFAEL_GUIDO_2_300como se dá essa produção, abre-se a possibilidade de se desenvolver novos estudos, por exemplo, visando à produção da molécula em laboratório. “Sabendo como essa molécula é feita, agora a gente pode transferir esse conhecimento para a bancada e melhorar a capacidade da enzima em produzir a Friedelina ou análogos dela, sem precisar da planta”, explica: “A gente não precisa desmatar, não precisa extrair esse produto da natureza”.

Para o docente, o trabalho não se destaca apenas pela elucidação do mecanismo da biossíntese da Friedelina – que talvez poderá auxiliar no desenvolvimento de novos medicamentos -, mas também pelo avanço na tentativa de se compreender a maneira como a natureza cria seus elementos.

Os resultados do estudo podem ser conferidos em um artigo publicado na Scientific Reports, da Nature.

(Com informações da Assessoria de Comunicação e Imprensa da UNESP)

(Imagem 1: Wikimedia Commons)

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP