Tag Archives: Revistas Predatórias

19 de fevereiro de 2024

Perdi o acesso à revista! Por que!?

Buscando Contratos no Portal de Periódicos da CAPES

Como é de conhecimento geral, o acesso a bases de dados, periódicos ou e-books pode ser feito por meio do Portal de Periódicos da Capes https://www.periodicos.capes.gov.br , desde que a instituição mantenha ao menos um Programa de Pós-Graduação ativo.

Como a Capes não contrata todos os conteúdos do mundo, a Universidade de São Paulo, bem como as demais universidades estaduais paulistas como a Unicamp e a Unesp, busca investir recursos financeiros (sempre que possível) para propiciar aos seus usuários o acesso a conteúdos que faltam, ou seja, que a Capes não assina mas que a comunidade local considera prioritários.

Entretanto, pode acontecer também da Capes parar de assinar algum conteúdo de uma hora para outra.

Aí, o usuário percebe que não consegue mais acessar os textos completos que antes conseguia…”Perdi o acesso à revista! Por que !?”

De repente, o que estava acessível não está mais…O que fazer?  

Como saber se ocorreu apenas uma falha momentânea, se uma Base de Dados ou uma Coleção de Revistas ainda é assinada e deveria estar disponível pelo Portal de Periódicos da CAPES?

Além da necessidade de acessar o Portal de Revistas da Capes a partir de um computador com endereço de IP reconhecido pela própria Capes ou de acessar via Rede CAFe com suas credenciais institucionais, nesses casos é importante verificar como estão os Contratos da Capes com os fornecedores de conteúdos.

Aqui vão algumas dicas para docentes, discentes e bibliotecários!

Acesse o site do Portal de Periódicos da Capes: https://www.periodicos.capes.gov.br

Em seguida, clique no item ‘Sobre“. Clique na imagem para melhor visualização.

Ao clicar, abre-se o Menu geral. Clique no item ‘Contratos

 

 

Então, surgirá a tela apresentada ao lado, cujo título é ‘Contratos‘.

Nessa tela, há a opção de buscar contratos por palavra-chave, por editor ou período.

Uma lista de nomes de editores facilita a busca e, dessa forma, é possível verificar quais recursos estão em processo de contratação.

Clique na imagem para melhor visualização.

 

 

Ao clicar no nome do editor, é fornecida a informação do andamento do Contrato, se está vigente ou vencido, o que indica que está em processo de análise, etc.

Tratativas e negociações entre a Capes e os fornecedores de conteúdo devem estar em andamento.

Assim, é só aguardar pois é bastante provável que o Contrato seja restabelecido.

Clique na imagem para melhor visualização.

 

Caso não haja nenhuma informação disponível sobre o contrato com algum editor ou recurso, orientamos entrar em contato direto com a equipe do Portal de Periódicos da Capes, para saber se o acesso àquele recurso foi cancelado, ou se há previsão de nova contratação.

Envie uma mensagem diretamente para o e-mail AcessoPeriodicos@capes.gov.br solicitando mais informações.

2 de maio de 2022

O impacto das revistas e conferências predatórias

Relatório de rede de academias de ciência identifica comportamentos negligentes e fraudulentos

A InterAcademy Partnership (IAP), rede que congrega mais de uma centena de academias de ciências, engenharia e medicina do mundo, lançou no mês passado o relatório “Combatendo periódicos e conferências acadêmicas predatórias”, fruto de dois anos de trabalho de um painel de pesquisadores de países como Itália, Malásia, Uruguai, Egito e Benin. Uma das principais contribuições do documento é mostrar que existe um gradiente de comportamentos negligentes e fraudulentos em periódicos e conferências, que devem servir como sinais de alerta para pesquisadores.
O relatório enumera as características de três tipos de revistas, as de boa qualidade, as de qualidade baixa e as fraudulentas. Revistas de boa qualidade produzem avaliações minuciosas de trabalhos científicos, são claras sobre os custos de publicação, dispõem de regras para retratar artigos com erros e falhas e possuem conselhos editoriais sólidos. Quando ocasionalmente se envolvem em casos de má conduta, tomam providências apropriadas para enfrentar o problema.
Já uma revista de baixa qualidade costuma apresentar problemas como avaliação displicente de manuscritos, serviços editoriais deficientes, conselhos editoriais inativos, assédio exagerado a autores e falhas com o arquivamento de artigos. Se um título concentrar muitos desses indicadores, é recomendável evitá-lo.
As revistas fraudulentas têm comportamentos deliberadamente enganosos. Com frequência mentem sobre a composição de seus conselhos editoriais e fator de impacto, aceitam publicar artigos em tempo recorde sem revisar seus conteúdos e, em casos extremos, apropriam-se de forma criminosa da identidade de publicações respeitadas.
O relatório define igualmente um espectro de comportamentos suspeitos de organizadores de conferências: encontros fraudulentos não costumam ter patrocinadores, assediam principalmente pesquisadores em início de carreira para que apresentem trabalhos e escamoteiam os custos dos serviços, surpreendendo autores com as cobranças. Não é incomum que tenham sites confusos e acabem canceladas, deixando um rastro de prejuízos para pesquisadores desavisados.
O grupo de trabalho credenciado pela IAP levantou dados sobre essas revistas e congressos e ouviu mais de 1,8 mil pesquisadores de várias nações. “Jornais e conferências predatórios parecem afetar todas as regiões do mundo, disciplinas e estágios de carreira acadêmica, com mais de 80% dos entrevistados em nossa pesquisa global indicando que eles são um problema ou estão em ascensão em seus países”, afirmou Susan Veldsman, uma das coordenadoras do relatório e diretora de publicações acadêmicas da Academia de Ciências da África do Sul, segundo o serviço de notícias científicas Eurekalert. “Estimamos que mais de 1 milhão de pesquisadores provavelmente utilizou meios predatórios, muitos deles sem saber, a um custo de bilhões de dólares em recursos de pesquisa desperdiçados.”

O relatório do IAP está disponível em: www.interacademies.org/project/predatorypublishing.

Fonte: Pesquisa FAPESP

25 de março de 2022

Webinar: Dicas para escolher o periódico adequado para publicar seu manuscrito

Com o desenvolvimento das tecnologias digitais, nos últimos anos o número de títulos de periódicos só tem aumentado, chegando hoje a mais de 80 mil títulos de revistas científicas, dos quais cerca de 30 mil são da área médica. Nesse sentido, os autores enfrentam grandes desafios para escolher a melhor revista para publicar seus artigos.

O objetivo deste Webinar é apresentar uma série de dicas para orientar os autores de artigos científicos sobre a importância de escolher a revista mais adequada, as dificuldades mais comuns, o que são e como evitar revistas predatórias, quais são as melhores práticas, dentre outras orientações e informações úteis.

O Webinar é oferecido pela Karger Publishers – https://www.karger.com/, uma editora mundial de conteúdo científico e médico com sede em Basileia, Suíça. A Karger tem evoluído continuamente, acompanhando os desenvolvimentos e mudanças atuais em pesquisa e publicação. A editora se dedica a atender às necessidades de informação da comunidade científica, clínicos e pacientes com publicações de conteúdo e serviços de alta qualidade em ciências da saúde. A Karger oferece coleções online que combinam títulos de especialidades e formatos especificamente para atender às diversas necessidades e requisitos de bibliotecas em centros clínicos, academia e indústria. Com 66 periódicos baseados em assinatura e mais de 35 periódicos de acesso aberto , os títulos da Karger abrangem quase todo o espectro médico.

Inscreva-se para participar conosco deste Webinar organizado pela Karger e promovido pela Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA).

Webinar Dicas para escolher o periódico adequado para publicar seu manuscrito
Data: 05 de abril de 2022
Horário: 14h – 16h
Inscrições: Dicas para Escolher Periódico Adequado para Publicar seu Manuscrito

== Programação ==

  • A importância da escolha do periódico
  • Dificuldades comuns
  • Consequências de uma escolha errada
  • Melhores práticas do mercado
  • Descubra o que são Revistas Predatórias
  • Avaliando a Qualidade do Periódico
  • Dicas para uma escolha Assertiva

Ministrante: Victor da Silva Carvalho

Gerente da Editora Biomédica Karger. Possui 8 anos de experiência no mercado de editoras científicas atuando em vendas, marketing digital e treinamentos. Idealizador e realizador da iniciativa ‘Karger Learn at Home’ durante a pandemia com a liberação de 2 certificações gratuitas sobre publicação científica, gerando mais de 12 mil participantes na América Latina. Organizador da Mesa Redonda “Como ter Sucesso na Publicação do seu Artigo Científico de Patologia” com a presença de 3 editores da Karger. Esteve envolvido diretamente na produção de materiais educacionais de mais de 20 editoras internacionais de diferentes áreas do conhecimento. Graduado em Hotelaria pelo Centro Universitário SENAC, pós-graduação em Esportes e Atividades de Aventura pelas Centro Universitário FMU, especialização em Marketing Digital pela New Zealand Institute of Education e atualmente pós-graduando em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário SENAC. Propósito: Facilitar ações que ajudem a impulsionar a produção e divulgação científica na América Latina, construindo iniciativas fora da caixa, parcerias produtivas e relações ganha-ganha.

10 de março de 2022

Cuidados para se esquivar de revistas predatórias

Site fornece um checklist para orientar pesquisadores na escolha de periódicos científicos idôneos

Uma ferramenta disponível na internet vem ganhando usuários e apoiadores por sua habilidade em ajudar pesquisadores na escolha de revistas científicas idôneas para publicar seus papers. O site Think.Check.Submit enumera uma lista de cuidados capazes de evitar que um autor desavisado ceda à propaganda enganosa dos chamados periódicos predatórios, títulos de baixa reputação que disseminam artigos em troca de dinheiro sem fazer uma avaliação por pares genuína.

O nome do site resume as etapas capazes de orientar uma escolha consistente. O primeiro passo (pense) é retórico e apenas chama a atenção para o perigo dos títulos predatórios e a importância de identificar periódicos e editoras confiáveis. A segunda etapa (verifique) é o checklist propriamente dito. O pesquisador é instado a responder a uma série de perguntas sobre a revista que está sendo considerada. Parte das questões diz respeito à reputação e às características do periódico: você o conhece? Já leu algum artigo publicado nele? O nome da revista é fácil de confundir com o de outra?

Um segundo bloco de perguntas examina se a publicação é acessível: o nome da editora está claramente informado no site da revista? É possível contatá-la por telefone, e-mail ou correio? Outro foco do checklist é o processo de revisão por pares, cujo rigor busca identificar erros e rejeitar artigos sem consistência. O site da revista menciona se a avaliação do conteúdo dos papers envolve revisores externos e independentes? Quantos revisores avaliam cada artigo? Duas questões desse rol merecem atenção específica por indicar uma prática irregular típica das revistas predatórias, que é a ausência de uma autêntica revisão por pares: o periódico oferece garantia de publicação? A análise do manuscrito é realizada em prazo muito curto? Há, também, perguntas sobre a possibilidade de depositar uma cópia do artigo em repositórios de acesso aberto e a existência de diretrizes sobre possíveis conflitos de interesse para autores, revisores e editores.

Por fim, o autor deve verificar se o periódico é afiliado a instituições que zelam por boas práticas de publicação, como o Committee on Publication Ethics (Cope), fórum de editores sediado no Reino Unido dedicado à formulação de normas sobre integridade científica, ou o Diretório de Revistas de Acesso Aberto (Doaj), composto por periódicos de acesso aberto que respeitam requisitos mínimos de qualidade. “Um ‘não’ para essa pergunta levanta uma bandeira vermelha, porque as organizações listadas realizam verificações rigorosas sobre a integridade de revistas ou editoras antes de aceitá-las como membros”, explicou a bibliotecária inglesa Lorraine Estelle, chefe de comunicações do Think.Check.Submit, em um artigo publicado no site do Cope.

A última etapa (submeta) é curta e simples: os pesquisadores são aconselhados a submeter seus trabalhos apenas se estiverem confortáveis ​​com as respostas para a maioria ou para todas as indagações do checklist.

O serviço existe desde 2015 e foi fundado por nove instituições, entre as quais o Cope, editoras como a Springer Nature e a Biomed Central, e a Associação das Bibliotecas de Pesquisa da Europa – hoje também é apoiado por diversas organizações que promovem o acesso aberto de publicações científicas. Aos poucos, foi expandindo seu alcance. Atualmente, o checklist é oferecido em mais de 40 idiomas e recentemente ganhou uma nova versão, talhada para orientar autores que desejam publicar livros em vez de artigos. Também passou a ser adotado em materiais de programas de treinamento em integridade científica, como o da Universidade de Tecnologia do Texas (TTU), nos Estados Unidos.

Segundo Estelle, o checklist foi idealizado para auxiliar autores de papers a fazer escolhas conscientes. “Nosso site fornece um recurso único para uso de pesquisadores. A preparação para publicar um resultado de pesquisa pode ser assustadora, especialmente se for pela primeira vez”, afirma. Ela explica que a principal estratégia para identificar periódicos desonestos – a consulta a listas disponíveis na internet que compilam títulos suspeitos – revelou-se problemática. “Algumas dessas listas seguem critérios subjetivos e incluem editores que não têm intenção de enganar ninguém, embora careçam de recursos para melhorar seus padrões editoriais ou técnicos.”

A rapidez com que surgem novos periódicos predatórios faz com que essas listas estejam sempre desatualizadas. Um estudo publicado em 2014 por dois pesquisadores da Escola de Economia Hanken, na Finlândia, estimou em 8 mil o número de revistas predatórias naquela época. Muitas desaparecem assim que são identificadas, outras surgem em tópicos de pesquisa emergentes. Já um relatório divulgado em 2021 pela empresa norte-americana Cabell International apontou 15.059 periódicos inidôneos.

Em um texto publicado no site da Think.Check.Submit, a bioquímica espanhola Iratxe Puebla destaca um novo front de cooptação de autores apropriado pelas revistas predatórias: os repositórios de preprints. É comum que preprints, manuscritos com resultados preliminares ainda não submetidos à avaliação por pares, sejam avaliados posteriormente por revisores e se transformem em artigos publicados em revistas. Pois os autores desses trabalhos vêm sendo abordados por revistas inidôneas com ofertas para publicação dos resultados. “Os periódicos predatórios são descarados em suas práticas”, afirma Puebla, que é diretora associada do ASAPbio, organização criada em 2015 para promover o uso de preprints nas ciências da vida. Segundo ela, periódicos desonestos costumavam convidar autores a escrever sobre temas que haviam abordado em artigos anteriores. Com os preprints, o assédio ficou mais fácil.

Os cuidados do checklist também são válidos para os autores de preprints, mas Puebla chama a atenção para outros tópicos suspeitos. Se o e-mail de contato não tratar o autor pelo nome ou não tiver a assinatura de um editor, possivelmente não se trata de um convite real, mas de um estratagema para obter informações sobre o pesquisador. Da mesma forma, se o e-mail não incluir comentários específicos sobre o trabalho descrito no preprint, é provável que o remetente nem sequer tenha lido o conteúdo.

Fonte: Pesquisa Fapesp

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