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11 de outubro de 2019

André Alves de Souza

Graduação: UFSCar – Engenharia Física
Mestrado e Doutorado: IFSC – Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais
Atividade profissional atual: Pesquisador Associado na Schlumberger

Ao contrário do que acontece com a maioria dos profissionais que resolve apostar na área de ciências exatas, André Alves de Souza – que veio de São Bernardo do Campo para estudar em São Carlos – não tinha qualquer gosto pelos números, já que seu interesse estava totalmente voltado às ciências humanas, paixão que durou até aos 20 anos de idade. Para André, hoje com 38 anos, a mudança para as exatas surgiu devido aos seus planos de ter maiores possibilidades de carreira como engenheiro e, para ele, naquele ponto, a área de humanas não apresentava tantas oportunidades quanto a de exatas. Assim, André Souza ingressou na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no curso de Engenharia Física, sem, contudo, ter algo específico em mente: era algo novo para estudar, uma área ampla.

Após terminar o curso de cinco anos, André sentiu que, apesar de ter tido uma boa base acadêmica, ainda estava perdido, sem saber qual o caminho a seguir, já que a Engenharia Física abrangia um campo bastante diversificado. Assim, decidiu ingressar no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), onde realizou sua pós-graduação sob orientação do Prof. Dr. Tito J. Bonagamba, na área de Ressonância Magnética (RM). Quando estava no terceiro ano de seu doutorado, um amigo, que trabalhava no Rio de Janeiro, incentivou-o a conhecer a área da petrofísica: foi quando o ex-aluno do IFSC-USP se apaixonou pela área: “Fui da paixão pelas humanas para o encantamento das exatas, de uma forma surpreendentemente natural”, salienta André, com humor.

André trabalha ainda hoje nessa área, como Pesquisador Associado, numa empresa onde realiza projetos com várias indústrias, fazendo, inclusive, prospecções de rochas. Pelo fato de ter saído da academia, que para ele era um ambiente mais livre, sentiu certo impacto quando entrou para a área produtiva, em 2010, algo que foi se atenuando perante a habituação a um determinado foco que só é encontrado no setor produtivo, bem como à expectativa de uma evolução contínua na área, que é muito grande e promissora.

A empresa onde André desenvolve sua atividade (www.slb.com) é líder mundial em prestação de serviços em tecnologia e soluções em informação e no gerenciamento integrado de projetos para o setor de exploração e produção de óleo e gás. Atualmente, a empresa emprega aproximadamente 123.000 funcionários em todo o mundo, trabalhando em mais de 85 países.

É uma empresa de alto padrão, que investe fortemente em pesquisas, visando suportar e aumentar sua liderança tecnológica. No Brasil, a empresa está presente há quase 70 anos, sempre investindo no desenvolvimento, tanto de mão-de-obra especializada brasileira quanto de técnicas e tecnologias de ponta para o setor nacional.

Segundo André, um profissional com pós-graduação, como ele, que optar por trabalhar na área da petrofísica, poderá receber um salário superior a R$6.500,00 (que é o piso da engenharia, por exemplo), mas avisa aos alunos que pretenderem trilhar o caminho da Física, que eles irão precisar se focar muito nos estudos: “Eles têm que procurar algo que gostem. O bom da física, é que ela tem essa abrangência de áreas. Eles não devem pensar apenas em dinheiro, têm que focar em fazer aquilo que gostam”, finaliza.

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