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29 de abril de 2011 - Prof. Roberto Andrade (UFBA)

Colloquium diei: “Modularity map of the network of human cell differentiation”

O Colóquio IFSC, evento regular que acontece todas às sextas-feiras no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas, organizou com sucesso mais uma palestra na manhã deste dia 29. Desta vez foi o professor doutor Roberto Fernandes Silva Andrade, da Universidade Federal da Bahia, que atraiu cerca de 100 estudantes para o auditório para discutir redes de diferenciação de células humanas, sob o título “Modularity Map of the Network of the Human Cell Differentiation”.

Andrade contou, em um tom mais informal, que desde o início de sua carreira acadêmica trabalhou com Física Estatística. Aos poucos, seu interesse pelas redes complexas foi tomando forma, e conforme ia desenvolvendo seus estudos nessas áreas passou a entender melhor as formas de análise de dados biológicos. “As formas de obtenção destes dados são muitas e bem desenvolvidas, mas estabelecer relação entre eles é mais difícil, e neste sentido o estudo de redes complexas nos auxilia muito na observação de uma coerência”, explica ele.

O maior exemplo prático disso é a pesquisa que ele apresentou aqui no IFSC, e a mesma que emprestou título à sua palestra. Essa pesquisa consiste, segundo ele, basicamente em um processo de comparação de redes, seguido da observação da expressão de modularidade – alteração de desempenho e de funcionalidades das redes – ideal. Depois disso, entra a parte biológica: o trabalho com células-tronco, a diferenciação de células (um processo complexo que hoje é compreendido através de uma perspectiva reducionista), e a construção de uma rede complexa.

A utilização do conhecimento das redes permitiu que uma abordagem nova, em larga escala, identificasse diferentes características organizacionais em várias etapas de crescimento das células. Isso pode vir a revelar relações entre células que antes eram desconhecidas. A pesquisa já chegou a bons resultados, descobrindo uma lei de ramificação que revela uma regularidade auto-similar na organização modular desta rede de células, permitindo assim que a rede seja observada a partir de várias escalas. A imagem dessa ramificação indica claramente agrupamentos de certos tipos de células a partir de uma organização hierárquica: de sub-módulos de tecidos e órgãos para super-módulos.

Essa pesquisa configura um grande avanço para a ciência, à medida que estabelece uma visão em larga escala e integrada da rede de células e revela relações nunca antes pensadas entre as funções dos órgãos humanos. Isso facilita o tratamento de uma célula em desenvolvimento e qualquer uma de suas funções com a rede complexa de desenvolvimento do ser humano como um todo.

Com essas explanações, o professor manteve uma platéia interessada e curiosa, e com certeza instigou os estudantes de graduação presentes a conhecerem mais a fundo a área de redes complexas, que tem representação bastante sólida no IFSC e um vasto campo de aplicação.

Assessoria de Comunicação

Data: 29 de abril

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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