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15 de abril de 2011 - Prof. Adriano D. Andricopulo (IFSC/USP)

Colloquium diei: “Planejamento de fármacos e as interfaces da CT&I com a saúde humana”

O Colóquio IFSC desta semana, realizado na manhã desta sexta-feira (15) no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas, colocou em pauta um tema de interesse não apenas da comunidade acadêmica do Instituto, mas de toda a população sensível às necessidades da saúde humana. O professor Adriano Andricopulo, docente do próprio IFSC, apresentou a palestra intitulada “Planejamento de Fármacos e as Interfaces da CT&I com a saúde humana”, chamando a atenção de mais de 100 interessados que compareceram ao Auditório.

O professor, que também é coordenador do Laboratório de Química Medicinal e Computacional do IFSC, teve o cuidado de explicitar, de uma maneira bastante didática para o público diversificado que o ouvia, o que seria um fármaco. “Um comprimido? Uma cápsula? Uma pastilha? Um xarope? Na verdade, um fármaco é uma estrutura molecular específica que age de uma maneira planejada e controlada para interagir com a sua molécula-alvo, com a sua proteína-alvo, para que exerça seu efeito terapêutico”, explica ele.

Além disso, Andricopulo também abordou os grandes desafios do processo de planejamento de fármacos, desde o fomento à pesquisa básica até a produção industrial e sua comercialização. Segundo ele, o planejamento divide-se em duas etapas: a descoberta e o desenvolvimento. A primeira etapa, que é a pesquisa básica em si, chamada de não-clínica, contempla a identificação do alvo molecular (a molécula que agride o organismo), a validação deste alvo, a identificação de moléculas com atividade biológica, e a descoberta de uma nova entidade química, um novo composto, que  aja diretamente nesta molécula e a enfraqueça. A segunda etapa – a fase clínica –, envolve testes com pacientes saudáveis, necessariamente de 20 a 100, ao que se segue testes com pacientes afetados pelo alvo molecular em questão (primeiros testes aplicados em um conjunto de 100 a 300 pacientes, e depois com grupos maiores, de 1000 a 3000 pacientes). Passando por estes testes, o fármaco é comercializado, e passa a ser avaliado em circulação: presta-se atenção às reações adversas, monitora-se pesquisas e amostragens de testes, coleta-se dados para aprovação efetiva do fármaco e revisa-se a informação médica a longo prazo. “O tempo que se leva para produzir um fármaco passando por todas estas etapas é de 10 a 15 anos”, conta o professor.

A partir daí, Andricopulo tratou mais especificamente da combinação de métodos experimentais e computacionais, de estratégias de planejamento de fármacos e forneceu dois exemplos bastante caros à atual tendência de pesquisa nesta área: doenças negligenciadas e câncer. O Laboratório de Química Medicinal e Computacional do IFSC se dedica a ambas as áreas e tem produzido ótimos resultados nos últimos anos, com especial destaque aos avanços no que diz respeito ao tratamento da Doença de Chagas. A equipe tem atraído atenções internacionais com suas publicações e recebido cada vez mais reconhecimentos por seu empenho.

A próxima edição do Colóquio IFSC será realizada no próximo dia 29 de abril, devido ao feriado na próxima semana. Em breve maiores informações.

Assessoria de Comunicação

Data: 15 de abril

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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