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4 de janeiro de 2011

IFSC em retrospectiva (Parte I)

 

O ano de 2010 finalizou e é tempo do IFSC fazer um balanço sobre tudo o que foi feito nesse período.

Em pleno recesso de Natal e Ano Novo, tivemos oportunidade de falar longamente com o Diretor do IFSC, Prof. Antonio Carlos Hernandes, sobre os projetos que se iniciaram, bem como aqueles que se projetarão em um futuro próximo.

De fato, as grandes realizações do IFSC que ocorreram no ano de 2010 estiveram distribuídas em duas grandes áreas: a acadêmica e a administrativa, sendo que do ponto de vista acadêmico muitas se iniciaram nesse ano e estarão se desenvolvendo nos próximos anos.

Programa de Mobilidade Internacional:

A primeira grande realização foi a criação do Programa de Mobilidade Internacional, destinado aos alunos de Graduação dos 2º e 3º anos, preferencialmente, dos três cursos de Bacharelado – Curso de Física, Curso de Ciências Físicas Biomoleculares e Curso de Física Computacional: o objetivo é que esses alunos possam realizar estágios de pesquisa em universidades no exterior, conforme explica o Diretor do IFSC:

Estamos começando esse programa em 2011, já a partir do dia 03 de janeiro, com um primeiro grupo de alunos que estarão viajando. São alunos que estão realizando Iniciação Científica e o orientador de cada um deles é que fez contato com a instituição do exterior. Com isso, o orientador é parte da responsabilidade de todo esse processo, que inclui, por parte do Instituto, a criação e institucionalização do programa e a disponibilização de recursos para pagamento de passagens e estadias de cada estudante. Por exemplo, cada aluno que viajou agora para a Europa receberá 1.200 euros, por um período de um mês, além da passagem aérea. Osvalores serão atribuídos, proporcionalmente, consoante à duração dos estágios, que podem ser de quinze dias, dois meses, etc. – afirmou.

A essência do programa é que os alunos do IFSC que tenham um desempenho acadêmico bastante razoável possam fazer estágios no exterior, não só para conhecerem laboratórios de ponta e contatarem pesquisadores de renome, mas, acima de tudo, para que conheçam outras culturas, outros povos, pois isso vai ser muito importante para suas vidas, no âmbito da integração internacional. Segundo o Prof. Antonio Carlos Hernandes, esta aposta do IFSC está relacionada com outra medida, também ela iniciada e desenvolvida ao longo de 2010, que foi a criação da Comissão de Relações Internacionais do IFSC (CRint), cujo foco de sua atuação é a Graduação e a Pós-Graduação: Essa Comissão irá ajudar exatamente nesse Programa de Mobilidade Internacional, mas trabalhando também no sentido de trazer alunos da América Latina e de outros continentes para estágios no IFSC e para programas de cooperação científica, quer para a Graduação, quer para a Pós-Graduação: o Instituto já recebe estagiários oriundos da França, Espanha e América Latina, mas não na quantidade que se deseja. Voltando aos nossos alunos, esta articulação é extremamente importante, porque existe uma formação básica de qualidade que o IFSC oferece aos seus alunos e é importante que eles tenham a percepção do “outro” lado, ou seja, que comecem desde cedo a se integrar num processo de internacionalização antes de se formarem; irá ficar muito claro para cada um deles que o IFSC tem todas as características e potencialidades do que qualquer instituto de primeira linha no exterior, seja na América ou na Europa: certamente que todos os nossos alunos irão valorizar ainda mais os nossos cursos. Por outro lado, mas em segundo plano, sem ser o foco, os alunos do IFSC se transformarão nos embaixadores do Instituto no exterior, demonstrando que o IFSC é de primeira linha – concluiu.

Como já referimos um grupo de alunos do IFSC, que mostraram aptidão acadêmica no decurso de 2010, viajaram para o exterior no decurso deste mês de janeiro, enquanto um segundo se prepara para viajar no próximo mês de julho: acontecerá assim em 2012 e nos anos subseqüentes. Contudo, os alunos que têm um bom desempenho acadêmico, mas que ainda não se encontram envolvidos em Iniciação Científica, poderão contar com estágios no exterior auxiliados pela Comissão de Relações Internacionais, no sentido de envolvê-los em projetos.

O Programa de Mobilidade Internacional conta com um orçamento próprio do IFSC: Estamos colocando uma verba do orçamento que iria para outras atividades, mas achamos que a aposta deve ser feita principalmente nos Cursos de Graduação: estamos falando de um investimento de cerca de R$ 350 mil – refere o Diretor do Instituto.

Com esta ação, o Diretor do IFSC espera não só cativar mais alunos para o Instituto, como também elevar o nível de excelência dos alunos de Graduação e Pós-Graduação: Todo este esforço vai também no sentido de se poder frear a evasão, daí que este processo esteja todo interligado – acrescentou o Prof. Hernandes.

Convênio IFSC / Centro Paula Souza:

Tendo como princípio que o IFSC é considerado uma das melhores instituições de Física do País – segundo avaliação institucional divulgada em abril de 2010 -, e seguindo a mesma meta de atrair mais e melhores alunos para seus cursos de Graduação, o IFSC estabeleceu, em 2010, um convênio com o Centro Paula Souza (SP) – instituição que congrega um número apreciável de escolas técnicas de nível médio -, um projeto que terá efeitos práticos a partir do próximo mês de março. Desta forma, o IFSC irá realizar, nas suas instalações, nos meses de março, julho e setembro, Escolas de Física Avançada exclusivamente dedicadas aos melhores alunos de Física do referido Centro: O objetivo é que esses alunos do Centro Paula Souza tenham oportunidade de conhecer o Instituto, de forma a que coloquem o IFSC como uma opção para o vestibular. Estamos preparando a primeira Escola – para quarenta alunos – para decorrer no período de Carnaval, enquanto as outras se realizarão nas férias de julho e na Semana da Pátria, sempre no sentido de não prejudicar as aulas normais – adiantou o Diretor do IFSC.

Embora as apostas sejam muitas, decorrentes de um trabalho intenso feito em 2010, o Diretor do IFSC sublinha que todas estas ações terão resultados efetivos lentos: De fato, consegue-se coletar alguns resultados em curto prazo – sensivelmente num período de um ano: mas o reflexo disso tudo só aparecerá daqui a quatro, cinco ou seis anos. Então, existe a necessidade de se mudar agora a estratégia, de forma a que nesse espaço de tempo se consiga aumentar o número de alunos de excelência no IFSC – afirmou o Diretor do Instituto.

Assessoria de Comunicação:

Também tendo como foco a Graduação, mas de uma forma decorrente, o IFSC criou no início de 2010 a designada Assessoria de Comunicação, cujo foco principal natural é dar visibilidade ao que é produzido no Instituto, de forma global, utilizando, para isso, uma ferramenta importante: o site do IFSC. Por outro lado, a Assessoria de Comunicação conseguiu construir ao longo de 2010 diversas interfaces com importantes setores acadêmicos e sociais – Agência USP de Notícias, Jornal Primeira Página, Rádio DBC-FM -, sendo que esse tipo de exposição pública das atividades do IFSC foi realmente o primeiro grande objetivo da referida Assessoria. Na opinião do Diretor do Instituto o efeito esperado é que isso venha a melhorar a procura pelos nossos cursos de Graduação: se houver uma melhor visibilidade de tudo o que é feito no Instituto, isso acaba atraindo e motivando os alunos a se superarem. A visibilidade do IFSC, através da sua Assessoria de Comunicação, poderá atrair melhores alunos – concluiu o Prof. Antonio Carlos Hernandes.

Esta é a primeira parte do balanço do IFSC referente a 2010 e suas principais metas para futuro.

Em breve publicaremos outros objetivos do Instituto, como a expansão física e preservação patrimonial.

Rui Correia Sintra – jornalista – Assessoria de Comunicação

Data: 04/01/2011

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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