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14 de fevereiro de 2019

Ex-aluno do IFSC/USP e o sucesso nas áreas de óptica e fotônica

Reginaldo Afonso Ribeiro, hoje com trinta e dois anos, nasceu em Cambé (PR), mas vive em São Carlos desde os três anos de idade. Ingressou no IFSC/USP no ano de 2005 e desde o ensino fundamental já tinha facilidade em lidar com ciências exatas, algo que para ele foi natural, sem esforço ou incentivos. Desde muito cedo optou por trabalhar, embora nunca tivesse descartado os estudos, motivo pelo qual fez o ensino médio no período noturno. Além do trabalho e dos estudos, Reginaldo também se dedicou intensamente à formação profissionalizante, tendo frequentado o SENAI. Durante um período de férias, surgiu a hipótese de realizar um estágio de sete meses na empresa Faber Castell, em São Carlos e, em 2002, surgiu a oportunidade de poder atuar no setor de manutenção da TAM, onde ficou até 2004, desempenhando as funções de mecânico dos dispositivos internos das aeronaves.

Foi um ano antes, em 2003, já com vinte anos de idade, que Reginaldo se sentiu impelido em ingressar numa universidade para melhorar suas condições profissionais, porque, para ele, apenas um curso profissionalizante em seu currículo não seria bastante para alcançar uma progressão profissional significativa, já que ele queria ir mais longe e ter um leque maior de oportunidades. Nessa época, conheceu um programa da USP, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que estava sob a responsabilidade dos Profs. Sérgio Carlos Zilio e Milton Ferreira de Souza, chamado Acesso, que proporcionava bolsas de estudos e a frequência de cursinho para alunos oriundos das escolas públicas: “Participei do processo seletivo, fui selecionado e decidi abandonar o meu emprego na TAM. Foi um risco, mas eu já tinha me preparado para isso, já que durante o tempo em que trabalhei consegui guardar algum dinheiro para poder me manter dentro da universidade”, revela Ribeiro.

Após prestar o vestibular, Reginaldo foi aprovado em três universidades – USP, UNICAMP e UNESP -, tendo optado por fazer o curso na USP, já que conhecia a “fama” do Grupo de Óptica do IFSC/USP. Assim, ingressou no Instituto a fim de atuar na física, com ênfase em óptica e fotônica. Como nunca acreditou possuir um perfil acadêmico, seu foco estava no mercado de trabalho. Já no segundo ano de graduação, Reginaldo desenvolveu a sua iniciação científica com o Prof. Milton, do Departamento de Materiais da Óptica e, no terceiro ano, realizou mais uma iniciação, dessa vez, com o Prof. Francisco Guimarães, na área de Polímeros. No quarto ano do curso, quando realizou o estágio obrigatório com ênfase na área de óptica e fotônica, Reginaldo teve a oportunidade de ingressar na empresa FHOCUS, voltada à fabricação de lentes oftálmicas: “A empresa estava com a firme intenção de montar um laboratório antirreflexo e, inclusive, tinha já um contato para fornecer esse tipo de equipamento. Os responsáveis pela empresa vieram ao Instituto de Física de São Carlos, conversaram com o Prof. Zilio, que me indicou para esse trabalho e, em 2008, dei início ao meu estágio obrigatório”, informa o ex-aluno do IFSC-USP.

Leybold Optics – Alemanha

No ano seguinte, ainda estagiando na FHOCUS, Reginaldo deslocou-se à sucursal da empresa alemã Leybold Optics, nos Estados Unidos, onde a FHOCUS havia adquirido seus equipamentos. Ainda em 2009, o laboratório que Reginaldo iria gerenciar, em São Carlos, estava finalmente montado e o ex-aluno do IFSC-USP começou a supervisionar a produção, calibrando e cuidando dos equipamentos e gerenciando os operadores: “Dispendi cerca de quatro meses a ajustar o laboratório para as necessidades da empresa e, nesse período, a Leybold Optics me convidou para trabalhar com eles, pois a empresa ainda não tinha nenhum funcionário que a representasse no Brasil”. Em janeiro de 2010, Reginaldo viajou para os EUA, onde assinou um contrato de trabalho com a Leybold Optics, companhia na qual trabalha até hoje, mas agora com funções diferentes, já que o ex-aluno do IFSC-USP assume a posição de Service Engineer, dando suporte técnico a todos os equipamentos desenvolvidos e comercializados pela empresa norte-americana: “No sentido de rentabilizar investimentos e despesas com RH, como a empresa não tem uma estrutura montada na América Latina, sou eu que presto serviço em toda essa área geográfica, atuando na área de TI, mecânica, elétrica, software e no processo oftálmico. Atualmente, grande parte de minhas atividades profissionais estão ligadas diretamente àquilo que aprendi no Instituto de Física de São Carlos”, explica Reginaldo.

Atualmente, Reginaldo está numa fase em que se dedica mais à área de processo do que ao campo de suporte técnico. Ainda no decurso de 2014 teve um treinamento na matriz da Leybold Optics, na Alemanha, estando no caminho certo para abraçar e desenvolver funções como engenheiro de processo da Leybold na América Latina, com sede no Brasil: “Trabalho em sistema home office, aqui em São Carlos. Isso é vinte por cento do meu trabalho, já que nos outros oitenta por cento eu viajo e atuo diretamente nas empresas, oferecendo suporte técnico”.

Reginaldo Ribeiro afirma que não foi um aluno brilhante durante a sua graduação, mas reconhece que foi um estudante bastante esforçado. Ele terminou sua graduação em 2011, no prazo máximo em que conseguiu, porque quando começou a se envolver no mercado de trabalho deixou de se dedicar o quanto deveria aos estudos; porém, não deixou de estudar e conseguiu terminar o curso: “Se uma pessoa tem um objetivo, ela deve persistir nele. Ninguém deve desistir no meio do caminho”, finaliza Ribeiro.

Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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