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13 de dezembro de 2021

IFSC/USP: Programa “Universitário por Um Dia” – O regresso presencial após quase dois anos de interrupção

O programa do IFSC/USP “Universitário por Um Dia” regressou à sua primeira atividade presencial após quase dois anos de interrupção devido à pandemia do Coronavírus, recebendo, no dia 13 de dezembro, a visita de cerca de 30 alunos, devidamente acompanhados por seu professor, de uma escola do ensino médio da cidade de Timburi, interior do Estado de São Paulo.

De fato, esta visita marca o recomeço das atividades do IFSC/USP e do próprio programa, agora obedecendo a todos os protocolos de segurança sanitária em vigor, mas continuando a pensar no estímulo que se deve dar aos estudantes do ensino médio para seu acesso ao ensino superior.

O Educador do IFSC/USP, Herbert João Alexandre, reafirma os objetivos desta iniciativa: “O programa “Universitário por Um Dia” continua a ter o objetivo de proporcionar aos estudantes do ensino médio uma vivência do ambiente universitário, entusiasmando-os a ingressar na Universidade. Ao mesmo tempo, esta experiência serve para os jovens conhecerem um pouco melhor o nosso Instituto, os seus cursos e o próprio Campus da USP São Carlos, além, é claro, de promover o ensino da Física de uma forma lúdica”.

Por outro lado, este programa, que compreende a realização de diversos experimentos e de um show de Física, serve também para subsidiar as aulas dos professores de Física do ensino médio.

Confira abaixo algumas imagens relativas a esta visita.

 

A chegada dos alunos ao Prédio Administrativo do IFSC/USP

Recepção de um dos grupos dos alunos visitantes à Biblioteca do IFSC/USP

Sabrina Mastrantonio (Bliblioteca do IFSC/USP) explica funcionamento da infraestrutura

Um dos grupos reunido na Biblioteca do IFSC/USP

Alunos assistem à realização de experimentos na Sala do Conhecimento (IFSC/USP)

Experimento realizado por um dos monitores do IFSC/USP

(Fotos: Maria Zilda Lima)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2021

O IFSC/USP e o bem estar de sua comunidade

Programa dedicado a Alunos de Graduação, Pós-Graduação, Docentes e Funcionários do IFSC/USP

Faixa etária – A partir de 17 anos, sem limite de idade;

Tipo de atendimento – presencial ou on-line;

Para obter mais informações – email da psicóloga Bárbara Kolstock Monteiro –  barbarakmpsico@gmail.com

Inscrição para atendimento: O agendamento é realizado por e-mail enviado diretamente à psicóloga;

Atendimento feito por demanda;

Confira abaixo os vídeos já publicados relativos a este programa.

Apresentação do Programa – 12 de agosto de 2021

A intenção do projeto – 19 de agosto de 2021 –

A vida na Universidade – 26 de agosto de 2021

Adoecimento na Pós-Graduação –  – 02 de setembro de 2021

Saúde Mental: bem-estar completo – 09 de setembro de 2021

Ansiedade – 23 de setembro de 2021

Estresse – 30 de setembro de 2021

 

17 de setembro de 2021

Artigos do IFSC/USP mais citados no Essential Science Indicators – Bimestre Maio/Junho de 2021

A Biblioteca do IFSC/USP apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de maio/junho  de 2021 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

ÁREA:   Clinical Medicine

Prevention of viral transmission during lung transplantation with hepatitis C-viraemic donors: an open-label, single-centre, pilot trial

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

ÁREA:   Physics

Analyzing and modeling real-world phenomena with complex networks: a survey of applications

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

ÁREA:   Space Science

Design concepts for the Cherenkov Telescope Array CTA: an advanced facility for ground-based high-energy gamma-ray astronomy

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2021

Aula Magna do IFSC/USP com Prof. Sérgio Rezende

O IFSC/USP irá transmitir no próximo dia 16 de abril, às 10h30, a Aula Magna especialmente dedicada aos alunos de nosso Instituto, mas aberta a todos os interessados, que será ministrada pelo Prof. Sérgio Rezende (Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Nesta Aula Magna, subordinada ao título Ciência e Tecnologia no Brasil: Avanços históricos e ameaças atuais, o palestrante irá primeiramente destacar o fato da ciência se ter iniciado tardiamente no Brasil.

Na década de 1960 o País tinha pouquíssimos cientistas e pesquisadores, não havia regime de tempo integral para docentes nem ambiente de pesquisa nas universidades. Também não havia engenheiros ou especialistas em setores básicos da indústria, o parque industrial nacional era incipiente e não existia cultura de inovação nas empresas.

Na palestra, serão apresentados os marcos que levaram a uma mudança neste cenário nas últimas décadas e que proporcionaram grande avanço no quadro de C&T no Brasil. Todas as áreas do conhecimento tiveram grande progresso, e a Física está entre aquelas que mais avançaram e ganharam competitividade internacional.

O Prof. Sérgio Rezende mostrará, também, que o retrocesso nos últimos anos, e em especial no atual governo, representam uma ameaça para fazer com que C&T contribuam para o desenvolvimento econômico. No final,o palestrante apresentará sugestões de atitudes e ações para a comunidade acadêmica reagir às ameaças atuais e tentar impedir que haja um retrocesso ainda maior no processo histórico recente.

Esta Aula Magna está inserida no programa Colloquium diei do IFSC/USP e será transmitida remotamente (VER LINK AQUI).

A não perder!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de setembro de 2018

A Batalha de Maria Antonia: “Ecos de 1968 – 50 anos depois”

Promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (PRCEU/USP), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP) e Superintendência de Comunicação Social da USP, realiza-se no próximo dia 02 de outubro, a partir das 19 horas, no Centro Universitário Maria Antonia da USP (Rua Maria Antonio, nº 294 – São Paulo), a cerimônia de abertura do ECOS de 1968 – 50 anos depois, cujo objetivo é relembrar, refletir e debater o episódio que ficou conhecido como A Batalha de Maria Antonia, bem como suas consequências, um evento que se prolongará até 05 de outubro com várias atividades.

A Batalha da Maria Antônia foi o nome dado ao confronto entre estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ocorrido em 2 de outubro de 1968. Nessa época, as duas instituições, estavam localizadas na Rua Maria Antônia, região central de São Paulo que era habitualmente escolhido como cenário para eventos sociais e políticos, como passeatas e manifestações.

O ano de 1968 foi um momento de forte resistência da classe estudantil, que era majoritariamente contrária ao regime militar, tendo resultado na prisão de muitos estudantes que decidiram, em várias ocasiões, ocupar as universidades, inclusive a própria USP. Pelo fato de abrigar a FFLCH/USP e a Universidade Mackenzie, a Rua Maria Antônia, no centro da capital paulista, foi palco da luta entre estudantes de esquerda e de direita, no começo de outubro de 1968. Os estudantes se enfrentaram com pedras, paus e até bombas e coquetéis molotov, perante as forças policiais que assistiam a tudo sem intervir.

Depois de dois dias de “guerra aberta”, o estudante secundarista José Carlos Guimarães, de 20 anos, que estudava no Colégio Marina Cintra (Rua da Consolação), foi atingido mortalmente na cabeça por um tiro vindo do edifício da Mackenzie. Como forma de protesto pela barbárie, os estudantes da USP, com a camisa ensanguentada do estudante, tomaram as ruas de São Paulo e entraram em choque com a repressão. Ao final do conflito, a polícia invadiu os prédios da USP e do Mackenzie, prendendo dezenas de estudantes.

Para consultar a programação deste evento, clique AQUI.

24 de setembro de 2018

“Políticas Públicas e Soluções Urbanas em Tempos de Crise”

O Instituto de Estudos Avançados, por intermédio do Grupo de Pesquisa Resiliência Financeira em Cidades Contemporâneas, coordenado pelo prof. André Aquino, realizará um grupo focal com especialistas do setor público para debater as dificuldades e as boas iniciativas em meio às pressões orçamentárias.

O encontro Políticas Públicas e Soluções Urbanas em Tempos de Crise será no dia 1º de outubro, segunda-feira, na Sala Alfredo Bosi, na Rua Praça do Relógio, 109, Cidade Universitária, São Paulo.

O objetivo da atividade é explorar como o orçamento público (dinâmica, regras legais, práticas aceitas, expectativas) afeta a condução de políticas públicas.

Para conferir a programação deste evento, clique AQUI.

Além do convite para o evento, o grupo de pesquisa está agregando interessados nessa temática.

Para confirmar a presença neste evento, envie um e-mail para aflino@fearp.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

“Colloquium diei” – IFSC/USP: O Ballet de Íons e Elétrons

Condutores mistos orgânicos são conhecidos pela propriedade de conduzir elétrons e íons com igual eficiência e, portanto, apresentarem aplicações em diversos ramos da eletrônica e bioeletrônica.

Na edição do programa Colloquium diei, organizada pelo nosso Instituto e ocorrida no dia 15 de junho, o Prof. Dr. Gregório Couto Faria, docente e pesquisador do IFSC/USP, abordou os fundamentos de transporte iônico-eletrônico em condutores mistos orgânicos e apresentou suas aplicações em transistores eletroquímicos e em sistemas de memória que mimetizam o funcionamento dos neurônios (dispositivos neuromórficos).

O título da palestra de Gregório Faria foi O Ballet de Íons e Elétrons: fundamentos e aplicações de condutores mistos orgânicos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de março de 2018

Inscrições para “Prêmio L’Oréal-Unesco-ABC para Mulheres na Ciência”

Estão abertas entre os dias 08 de março e 20 de abril, as inscrições para a 13ª edição do “Prêmio L’Oréal-UNESCO-ABC Para Mulheres na Ciência”, premiação anual que pretende reconhecer os trabalhos de sete pesquisadoras das áreas de Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências da Vida e Matemática, num apelo à participação feminina na área da ciência no Brasil, que ainda apresenta incidências de desigualdade de gênero.

As selecionadas recebem uma bolsa de R$ 50 mil para que possam, ao longo de um ano, continuar com seus estudos e projetos atuais.

As vencedoras serão selecionadas por um júri especializado e premiadas em uma cerimônia que se realizará em outubro do corrente ano, sendo que, além do prêmio nacional, as cientistas também têm a chance de reconhecimento internacional com a premiação “International Rising Talents”.

Por ano, são escolhidas 15 pesquisadoras de todo o mundo, incluindo uma indicada pelo júri brasileiro entre as sete pesquisas premiadas.

Para participar, as candidatas deverão ter concluído o doutorado a partir de 2011, ter residência estável no país e desenvolver pesquisas em instituições nacionais.

Para conferir o regulamento do Prêmio, clique AQUI.

Para se inscrever clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2017

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP: novembro de 2017

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Dentistry.

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de novembro de 2017

Atualização da Produção Científica do Instituto de Física de São Carlos

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em outubro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Journal of Raman Spectroscopy.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

30 de agosto de 2017

Estudo sobre a peça fundamental para revolução eletrônica

A cada dia que passa, fica mais difícil (senão impossível) imaginar nossas vidas sem a presença da tecnologia eletrônica. Computadores, celulares, Internet ou mesmo aplicativos mais simples revolucionaram não somente a maneira através da qual nos comunicamos, mas também o modus operandi da economia, da política e das próprias relações sociais que mantemos diariamente.

Transistor (Créditos: Wikimedia)

Mas para que essas facilidades tecnológicas chegassem até nós e se tornassem parte de nossas vidas, foi necessária uma peça chave: o transistor. Para entender a importância deste dispositivo e a revolução que ele trouxe ao mundo moderno, vale uma rápida viagem ao tempo, mais especificamente ao início do século XX, quando o mineral Galena, muito instável, foi utilizado para recepção de ondas de rádio AM. “Nessa época, sabia-se que o cristal de Galena retificava ondas de rádio, mas não se sabia como isso era feito”, explica Luciano da Fontoura Costa, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (GCI- IFSC/USP).

Algum tempo depois, Thomas Edison e seus colaboradores descobriram que lâmpadas com um eletrodo (dando origem às primeiras válvulas de vácuo, posteriormente desenvolvidas por Lee de Forest) tinham a mesma capacidade de detecção de ondas que a Galena, mas com muito mais estabilidade e eficiência. Nesse momento, a indústria eletrônica iniciou sua primeira revolução.  “A partir de então, os mais diversos aparelhos eletrônicos começaram a ser produzidos com válvulas, incluindo rádios, válvulas e os primeiros computadores mais poderosos”, explica o docente.

Embora apresentasse melhor desempenho que a galena no processamento de ondas sonoras, as válvulas tinham um grande problema: sua fragilidade e riqueza de detalhes exigia feitura manual, restringindo sua produção e não permitindo que fosse fabricada em escala massiva. “Esse fato interferia no custo da válvula, que era relativamente alto”, complementa Luciano.

A grande revolução

Em 1947, William Shockley, John Bardeen e Walter Houser Brattain, engenheiros da Bell Labs (EUA), desenvolveram o primeiro transistor da história. Mas a verdadeira revolução foi mais quanto à forma totalmente automatizada de sua produção, permitindo que acontecesse em escala industrial, viabilizando ampla popularização da eletrônica. “O baixo custo, o tamanho reduzido e a produção massificada do transistor são marcos que levaram à revolução da eletrônica moderna, responsável por tornar viável boa parte da tecnologia que usufruímos hoje. A importância dada ao transistor, inclusive nos dias de hoje, não pode ser exagerada”, comenta Luciano.

No entanto, os transistores, desde o início, apresentavam um problema: suas características de funcionamento não tinham um padrão. Ou seja, mesmo quando produzidos da mesma maneira, os transistores podem ainda processar ondas sonoras com variações enormes. Na prática, isto significava que aparelhos de rádio, por exemplo, tocariam músicas em volumes completamente diferentes.

A solução utilizada para resolver este problema foi viabilizada pela abordagem do engenheiro elétrico Harold Stephen Black, que adaptou uma técnica anteriormente utilizada nas máquinas a vapor: o negative feedback ou retroalimentação negativa, na tradução para o português. Através da retroalimentação negativa, a padronização dos circuitos transistorizados se tornou possível, mas à custa de uma grande perda de ganho de amplificação do transistor, que era utilizada justamente para que amplificação mais padronizada fosse atingida.  “Dessa forma, o circuito fica mais independente das características do transistor”, explica Luciano.

Problem unsolved

Após o desenvolvimento do primeiro transistor, outros modelos foram surgindo, totalizando, até hoje, cerca de 80 mil tipos diferentes. Diante desses fatos, Luciano, auxiliado por Filipi N. Silva (pós-doutorando) e César H. Comin (hoje docente na UFSCar), decidiram fazer um estudo mais completo sobre o potencial real de estabilização dos sinais eletrônicos através da retroalimentação negativa em transistores de baixa potência. “Não encontramos praticamente nenhum estudo que trouxesse esses dados de forma sistemática e, mesmo passados muitos anos da criação do primeiro transistor, os circuitos eletrônicos funcionam até hoje predominantemente com base nos mesmos princípios de retroalimentação negativa”, diz o docente.

Luciano construiu um sistema microprocessado que mediu as tensões e correntes em quatro amostras de  cada um de vários tipos de transistores, resultando em gráficos com suas curvas de comportamento. Tais resultados foram então interpretados utilizando-se métodos de reconhecimento de padrões.  Após testes na ausência de retroalimentação negativa, os pesquisadores observaram que existe, de fato, uma grande variação de propriedades nos diferentes modelos de transistores, mas modelos iguais tendem a apresentar variações muito menores, formando respectivos aglomerados ou “clusters” no espaço de medidas.  “Faz sentido, então, obter-se e considerar-se as características de transistores segundo tipos específicos”, conclui Luciano.

Os primeiros resultados do estudo, publicados na revista Electrical Engineering (clique aqui para acessar o artigo)  também mostraram que a retroalimentação negativa realmente funciona nesses dispositivos, mas que não é suficiente para eliminar completamente o efeito da variação dos parâmetros dos transistores nos respectivos circuitos.  Desta forma, este estudo indica que, em casos envolvendo operação mais precisa, torna-se interessante considerar as características dos transistores disponíveis durante os projetos dos circuitos.

Circuitos integrados, transistores mais uniformes

Circuito computacional (Créditos: https://static.pexels.com)

Com o lançamento de circuitos integrados na década de 1950, vários transistores puderam ser inseridos em uma única pastilha. “A literatura tem sugerido que os transistores, quando em circuitos integrados, teriam suas propriedades mais uniformes.”  Mas qual seria, de fato, a melhoria de uniformidade que pode ser conseguida?  Essa dúvida motivou um novo estudo de Luciano que, por ter encontrado circuitos integrados com transistores separados, conseguiu medir a variação em cada um deles individualmente e em grupo.

Luciano fez medições em 50 circuitos integrados do mesmo modelo, considerando seis transistores em cada um, totalizando, portanto, 300 transistores. “Repeti o mesmo experimento, dessa vez nos circuitos integrados, e sem a retroalimentação negativa.  A análise dos resultados novamente envolveu o uso de vários conceitos de reconhecimento de padrões, que foram fundamentais”, explica. “Na ausência de retroalimentação negativa, encontramos uma estabilidade 20 vezes maior nos transistores de um mesmo circuito integrado do que entre transistores de circuitos diferentes. Ou seja, se há um projeto no qual seja preciso otimizar o ganho dos transistores sem o uso de retroalimentação, transistores do mesmo circuito integrado poderão, de fato, levar a uma maior uniformidade de operação”.

Ele também destaca, no entanto, que em circuitos eletrônicos maiores com operação mais crítica, transistores de mais de um circuito integrado poderão ser necessários, justificando-se projeto fundamentado no levantamento e consideração das características individuais dos transistores.

Os vários resultados obtidos nestes estudos sugerem a reconsideração de estabelecidos paradigmas sobre a aplicação de retroalimentação para se uniformizar circuitos transistorizados, abrindo diversas novas perspectivas de pesquisa.  Destaca-se, em particular, o uso sistemático de métodos de reconhecimento de padrões e inteligência artificial tanto para a análise como síntese de dispositivos e circuitos eletrônicos.   Algumas destas pesquisas já se encontram em desenvolvimento no grupo de Luciano.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de agosto de 2017

II Seminário Formação Didático-Pedagógica na Pós-Graduação

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP) recebe no dia 17 de agosto, entre as 15h30 e as 18h00, no Auditório FEA-5, o II Seminário Formação Didático Pedagógica na Pós-Graduação, evento especialmente dedicado aos alunos de pós-graduação e que se insere no lote de atividades organizadas pela Comissão de Formação Didático Pedagógica da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, a partir da implementação de uma política básica de complementação da formação docente, acessível a todos os alunos, com foco nos saberes docentes gerais. Os saberes específicos de cada área devem continuar a ser abordados pelos próprios Programas em disciplinas próprias e específicas.

As inscrições para a participação neste seminário presencial poderão ser realizadas no próprio local do evento, meia hora antes de seu início, dependendo da disponibilidade de vagas no Auditório.

Para conferir a programação deste seminário, clique AQUI.

O evento será transmitido pela IPTV, que poderá ser visualizado clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de agosto de 2017

EFC-2017: Escola de Física Contemporânea – Os melhores momentos vividos

A Escola se realiza anualmente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sendo que a edição deste ano ocorreu entre os dias 16 e 22 de julho 16 de julho, com a participação de trinta alunos selecionados e oriundos de dez estados diferentes.

Neste vídeo, podem-se conferir os melhores momentos do evento, com uma ponta de humor.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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