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13 de novembro de 2018

A partir do IFSC/USP: a Física Computacional no setor industrial

Quando ingressou no ensino médio, sua intenção era estudar o máximo possível para poder entrar em uma das melhores universidades públicas do país e essa paixão pelas ciências exatas, principalmente pela matemática, fez com que Lucas Eduardo Visolli Sala, hoje com 25 anos, escolhesse o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), principalmente depois de ter lido sobre o curso de física computacional ministrado pela Instituição.

Nascido em Ribeirão Preto, mas tendo vivido toda a sua infância em Porto Ferreira, também no interior do estado de São Paulo, Lucas cumpriu seu ensino fundamental na escola pública Mário Borelli Thomaz e já nesse período a atração pelos números e pela computação era muito forte, um sentimento que acompanhou o jovem ao longo do ensino médio. Nessa época, surgiu a oportunidade de participar de um processo seletivo, onde ganhou uma bolsa integral no Colégio Cooperativo, uma instituição particular localizada em Porto Ferreira (SP).

Assim que passou na Fuvest, Lucas teve a oportunidade de conversar com alguns professores e amigos e foi aí que surgiu a decisão de ingressar no IFSC/USP e mudar-se para São Carlos, acompanhado por três colegas seus, o que imediatamente desencadeou a ideia de fundarem uma república. Quando iniciou essa nova etapa de sua vida acadêmica, Lucas foi confrontado com aquilo que ele classifica ser a “dificuldade” do curso de física, mesmo depois de mergulhar profundamente nas disciplinas que exigiam mais esforço, estudo e dedicação. Todavia, o jovem afirma que essa sensação de dificuldade desapareceu ao longo do primeiro semestre:

“Quando nós levamos os estudos a sério, tudo acaba dando certo”, comenta Lucas. Com a ideia fixa de poder fazer pesquisa dentro ou fora da academia e ainda com muitas indecisões sobre o futuro, o segundo semestre de Lucas foi alucinante, tendo trancado quatro das cinco disciplinas em que havia se matriculado: “Eu só fiz uma disciplina – a de computação – porque eu estava bem indeciso. Eu não sabia se deveria continuar fazendo física computacional, ou se deveria optar por ciência da computação”, explica Lucas. Prestes a mudar de curso, o jovem teve oportunidade de conversar com alguns docentes e profissionais da área e todos eles opinaram que a física seria o melhor curso para ele, mesmo que futuramente optasse pela carreira em outra área. Foi a partir desse momento que o jovem estudante decidiu continuar cursando física computacional no Instituto, sendo que a partir do terceiro semestre se tornou bolsista de iniciação científica, o que se estendeu até o último ano de sua graduação: “O IFSC/USP foi um ótimo lugar, porque ele me ensinou a correr atrás para aprender”.

Com a graduação concluída, Lucas tinha as portas abertas para entrar no mestrado, mas a vontade do então jovem físico era conhecer e se aventurar no mercado de trabalho, fora da universidade, tendo principal interesse pela área de mineração de dados. “Eu gostei bastante, porque é uma intersecção de várias áreas interessantes, como computação, modelagem matemática e estatística. Durante uma conversa com um de meus amigos, que trabalhava na Ícaro Technologies, uma empresa de tecnologia de informação sediada em Campinas, soube que tinham interesse em formar um centro de excelência para trabalhar com mineração de dados. Inscrevi-me, fui admitido como estagiário, tendo posteriormente sido contratado e onde atuo até hoje”, pontua Lucas, que atualmente já tem seu mestrado concluído na UNICAMP.

A Ícaro Technologies tem como principal foco a integração de serviços em tecnologia de informação, atendendo, em sua maioria, companhias de telecomunicações. Ao lado de seis profissionais, Lucas é responsável por algoritmos de aprendizagem de máquina e análises estatísticas no centro de excelência da empresa e sua intenção é poder ir mais longe, cogitando poder trabalhar, no futuro, em outras empresas no Brasil e ter uma experiência fora do país.

Segundo Lucas Sala, um aluno que já tenha terminado a graduação e pretenda atuar na mesma área profissional em que ele está, poderá receber um salário inicial de R$ 3.500,00, porém, no exterior, poderá alcançar o triplo do valor. Para o ex-aluno do IFSC-USP, é preciso aproveitar o máximo as oportunidades durante a vida acadêmica, porque quando se sai da universidade é que o estudante percebe a superior qualidade de seu instituto, que lhe proporcionou uma ótima formação.

Além disso, ele diz que é importante que todos os alunos façam iniciação científica, mesmo que não pretendam permanecer na academia. “É sempre um diferencial!”, finaliza Lucas.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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